O presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP), foi o primeiro a receber, no início da noite desta terça-feira (3), o documento “Custo RS” elaborado pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul). No documento entregue pelo presidente, Gilberto Porcello Petry, durante reunião da diretoria, a entidade aponta 30 fatores que oneram as indústrias estabelecidas em solo gaúcho.
Os maiores entraves foram divididos nas áreas de Relações do Trabalho, Tributação e Burocracia, Infraestrutura e Logística, Energia, Comércio Exterior e Meio Ambiente.
“Esses gargalos compõem o que denominamos de Custo RS e tornam o Rio Grande do Sul menos atraente do que outros Estados para empresas investirem e produzirem”, afirmou Petry.
Os principais fatores que oneram as indústrias, segundo a entidade, são o Piso Regional, a morosidade na emissão de alvarás pela vigilância sanitária, majoração das alíquotas internas do ICMS sobre combustíveis, a quantidade excessiva de produtos submetidos à substituição tributária e alto custo logístico devido às péssimas condições da infraestrutura.
Ernani Polo, acompanhado do superintendente-geral da Assembleia, Alvaro Fakredin, saudou a iniciativa da Fiergs de buscar a redução dos gargalos, o que se soma a sua principal bandeira de gestão no Parlamento, que é melhorar a posição do RS no ranking nacional de competitividade.
“O que vai mudar o nosso futuro é tornar o Rio Grande do Sul mais competitivo”, avaliou, acrescentando que é necessário não só atrair novos investimentos como também manter os empreendedores investindo em solo gaúcho.
Em sua fala aos diretores, Polo defendeu reformas permanentes no governo porque a sociedade evolui e estruturas e leis precisam acompanhar essas mudanças. O parlamentar também disse que reduzir a burocracia deve ser uma missão constante. Segundo ele, o Brasil tem muitas leis defasadas. Nesse sentido, comentou sobre sua proposta de regulamentar o processo administrativo no Estado, definindo prazos para o governo responder demandas dos cidadãos e criando câmaras de conciliação para reduzir conflitos.
Sobre a reforma tributária que o governo do Estado deve apresentar este mês, Polo comentou que o Parlamento estará atento para que eventuais alterações de alíquotas não prejudiquem a competitividade de setores da economia gaúcha.