Brincar, tirar sarro das coisas de Caxias do Sul e entreter. Assim, o Caxias Mil Grau vem crescendo e caindo nas redes dos caxienses e das milhares de pessoas que migraram para a cidade e convivem com algumas peculiaridades. Mostrar as situações do cotidiano, criar “memes” e buscar o lado engraçado de diversas situações. Não é fácil, mas é um desafio que move o dia a dia das figuras que administram a página e planejam novidades para os seguidores.

Mas, quem são as figuras que pensam e brincam com o cotidiano do caxiense e estão por trás dos holofotes? Prazer, lhes apresentamos Thalia Borges, Lucas Abreu e Taylor Pereira. O trio é responsável por proporcionar risadas diárias de quem acompanha as redes sociais da marca, principalmente no Facebook. Inclusive, o Caxias Mil Grau alcançou a marca de 195,8 mil seguidores na fanpage, um número expressivo para os “novinhos”, que atuam desde novembro de 2015.

Há mais de quatro anos, Taylor e uma trupe de amigos iniciaram as atividades do Caxias Mil Grau, com um humor mais ácido. Alguns foram embora, Taylor seguiu e, logo depois, chegaram Thalia e Lucas que, segundo o trio, colocaram “ordem na casa”.

“A paródia Mina do Caixa foi um divisor de águas. A partir daí começamos a profissionalizar a página. Não ofender as pessoas, não falar direto demais”, dizem.

Hoje presença constante na barra de pesquisas do face de milhares de internautas, o Mil Grau pensa além. Em continuar com o conteúdo sarcástico, mas também mostrar mais o cotidiano do caxiense, os lugares, os bairros, as manias… Ou seja, estar mais presente na vida do morador de Caxias do Sul.

“Nossa ideia é não ser mais uma piada, mas um entretenimento. Uma marca. Um representante de Caxias. Nosso objetivo principal. A meta é bater 500 mil, 1 milhão (de seguidores). A gente tem projetos engatilhados. A gente ainda tem a agência pra manter além do Caxias Mil Grau”.

Como surgiu a ideia?
O Caxias Mil Grau surgiu quando um grupo de amigos iniciou a página mais como uma brincadeira que foi tomando proporções mais sérias com o passar do tempo. Dos primeiros integrantes, apenas Taylor ainda faz parte da primeira geração.

Esperavam tanta repercussão e alcance?
Como todas as páginas “mil grau” que surgiram, no inicio era uma grande brincadeira, mas logo foi tomando grandes proporções e o que era uma página de humor se tornou algo maior. Com a entrada de Lucas e Thalia para a equipe, o trabalho passou a seguir um rumo diferente, mais profissional.

Já sofreram algum tipo de represália?
No início, a página não tinha preocupação alguma com o que era postado, o que as vezes chateava algumas pessoas. Com o passar do tempo, vimos que era necessário moderar algumas postagens. Temos um grupo de Whatsapp, onde decidimos o que será publicado ou não.

Recebem muitas sugestões de leitores?
No início sim. A maioria das postagens vinham por meios dos leitores, principalmente relacionadas à “Pita”. Hoje não recebemos tanto material, e claro que alguns não podem ser postados.

Como vocês definem as postagens e o grau de irreverência sobre elas?
É muito relativo. Postagens que achamos que vai ter repercussão às vezes acabam não apresentando tantas reações quanto esperado. Um exemplo foi uma postagem sobre uma “bergamota”, na qual era uma simples brincadeira e acabou tomando proporções a nível nacional. Se era bergamota, vergamota, mexerica ou até mesmo tangerina? Mas claro, tudo é decido em conjunto.

Já deixaram de publicar algo por receio?
No início tudo era publicado, mas quando a página cresceu vimos que era necessário ter um certo cuidado com o que seria postado para que não viesse a ferir ninguém.

Já tiveram que excluir postagens?
Claro, isso é normal. As vezes publicamos algo e nos damos conta que aquilo pode não ser legal para alguém. Nosso intuito é brincar e fazer rir. Por isso temos um cuidado com o que será postado.

Como o Caxias Mil Grau define o caxiense e as brincadeiras?
Por bairros. A postagem direcionada ao leitor de um determinado bairro, não é a mesma para outro. Um exemplo seria um bairro que teria maior índice de violência, outro que tenha uma peculiaridade. Claro que todos entendem a piada, mas deve ter um elo entre a piada e o bairro. Contudo, definimos o caxiense como uma pessoa trabalhadora, que muitas vezes sai cansada do trabalho e quer sentar no sofá para descansar e dar boas risadas.

Foram afetados pelo vírus Leouve?
O Leouve, muitas vezes, é fonte de inspiração. As matérias, as manchetes e é claro, os comentários dos leitores. Até pensamos em fazer um “Leouentende” mas iria dar uma treta (risos). Até hoje queremos saber quem é o estagiário que cria as legendas do face. Avisem ele para nos enviar um curriculum. – Comentário do editor (NEM PENSAR kkkk)

Vocês se imaginavam um dia no Leouve?
Bom, minha mãe sempre disse para não sair no Leouve. E olha eu aqui mãe (risos). Graças a Deus não é nas páginas policiais (risos).

Confira algumas postagens com a dose clássica de humor do Caxias Mil Grau: