Na manhã desta sexta-feira (10), a Prefeitura Municipal de Garibaldi emitiu nota, comunicando que irá abrir sindicância para apurar a denúncia da compra de 40 aquecedores pelo triplo do valor de mercado. A denúncia tornou-se pública, após matéria ter sido publicada no Portal Leouve, na última quinta-feira (9).
Prefeitura de Garibaldi adquire 40 aquecedores pelo triplo do preço de mercado
Em comunicado, a administração pública afirma ainda não ter realizado o pagamento dos aquecedores solicitados através de licitação. Confira o comunicado na íntegra, abaixo:
“A Prefeitura de Garibaldi informa que ainda não efetuou o pagamento dos aquecedores solicitados por meio do Pregão 117/2019 e será aberta sindicância para apuração.
Para a aquisição dos mesmos, a Prefeitura seguiu a Renem (Relação Nacional de Equipamentos e Materiais Permanentes) para o SUS do Ministério da Saúde, que dá a especificação do equipamento, bem como sugere o valor máximo de aquisição, o que pode ser consultado no site do Ministério: https://consultafns.saude.gov.br/#/equipamento.”
Relembre o caso
No dia 12 de novembro de 2019, a administração pública do município realizou a abertura de um edital de menor preço unitário para a aquisição de equipamentos e material permanente. Dentre os 21 produtos que seriam adquiridos, estavam inclusos 40 aquecedores de ambiente portáteis, com potência de 1500 a 2000 watts. Após o pregão, a prefeitura de Garibaldi comprou os aquecedores de uma empresa, situada na cidade de Giruá/RS, que venceu a licitação pelo valor unitário de R$ 275,00. Dessa forma, o investimento foi de R$ 11.000 para a compra dos climatizadores.
Após cotação realizada pela reportagem do Portal Leouve, foi constatado que o valor unitário do mesmo produto vencedor da licitação custa em média R$ 93,33 em lojas de eletrodomésticos. No entanto, a prefeitura de Garibaldi gastou praticamente o triplo para realizar a aquisição dos bens.
Moradores do município perceberam a discrepância dos valores e efetivaram a denúncia. Ainda, populares buscam explicações para o gasto mal feito de recursos do município.
Foto: Especial/Leouve