A cassação do mandato do, agora, prefeito afastado de Caxias do Sul, Daniel Guerra, ainda irá repercutir por muito tempo. Até por ser algo que faz parte da história dos 129 anos da cidade que nunca teve um chefe do executivo afastado pela Câmara de Vereadores.
O autor do processo de impeachment e ex-vice-prefeito de Caxias, Ricardo Fabris de Abreu, diz que a cassação foi um remédio forte e necessário, mas importante para recolocar o município nos trilhos.
“É um fato histórico que deve ser avaliado com pragmatismo político, mas não é motivo para celebração porque traumatiza a cidade. Um remédio forte e necessário que tem efeitos colaterais ruins, mas o importante é salvar o paciente, no caso a cidade”, salienta.
Fabris ressalta que o impedimento foi da população, e que ele foi apenas o autor da denúncia.
“Esse impeachment foi da população, eu fui apenas o autor da denúncia, mais uma entre tantas que vinham se apresentando desde o início deste governo. A insatisfação popular é generalizada é isso ficou claro durante as justificativas de votos dos vereadores nos trâmites finais da sessão de julgamento. Não se podia esperar outro resultado”, diz.
Ele ainda reforça que Guerra desdenhou de todo o processo.
“O ex-prefeito pareceu desdenhar de todo o processo, não apareceu, não se manifestou, acirrou o embate com a câmara, enfim, preferiu o pior caminho”, conclui.