A Prefeitura de Caxias do Sul e a União das Associações de Bairros não chegaram a um acordo sobre a utilização dos imóveis ocupados por AMOBs e pela própria UAB. Na tarde desta quinta-feira, dia 26, o Ministério Público reuniu as duas partes em busca de uma solução para o impasse, mas o encontro terminou sem acordo. Com isso, a Juíza Maria Aline Vieira Fonesa, da 2ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública, decidiu manter a liminar que libera o uso dos imóveis por parte das entidades comunitárias até o julgamento do caso.
A solicitação dos imóveis iniciou no dia 10 de agosto. Desde então, as entidades comunitárias foram à justiça com o pedido de interdito proibitório para seguir nos locais. Ao todo, 34 AMOBs e a Sede da UAB fazem parte do processo.
De um lado, a UAB defende que os locais são fundamentais para a comunidade. A utilização dos espaços ocorre sobretudo para a realização de festas e eventos, mas também é ponto de encontro para deliberações acerca de assuntos referentes à vida dos moradores. Segundo o presidente da UAB, Valdir Walter, 70% dos espaços solicitados pelo município foram construídos pelas próprias comunidades.
A prefeitura, no entanto, afirma que os locais hoje estão sendo subaproveitados. O município entende que administrando os imóveis pode utilizá-los de uma forma que atenda aos anseios das comunidades.