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Obras da ponte do Guaíba podem ser interrompidas em novembro

Sem recursos, obras da ponte do Guaíba correm risco de parar | Foto: Jonathan Heckler/Jornal do Comércio
Sem recursos, obras da ponte do Guaíba correm risco de parar | Foto: Jonathan Heckler/Jornal do Comércio

As obras da nova ponte do Guaíba correm risco de parar completamente a partir de novembro, devido à escassez de recursos repassados pelo governo federal. A superintendência gaúcha do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit-RS) confirmou que condiciona a continuidade das obras à efetivação de mais R$ 59 milhões junto ao Ministério dos Transportes, valor fundamental para fechar os custos referentes a este ano. Caso esse valor não seja repassado até o começo de novembro, o órgão afirma que existe a chance de paralisar as obras.

Até então, R$ 64 milhões foram destinados às obras, apenas parte do valor previsto para 2017. Em junho, o governo federal injetou R$ 29 milhões, o que manteve os trabalhos por mais alguns meses. No entanto, o avanço é lento, com apenas 30% da capacidade prevista de trabalho. Segundo o Dnit-RS, a nova ponte está 54% concluída.

A obra teve início em outubro de 2014 e tinha previsão inicial de conclusão para setembro deste ano. Uma série de atrasos nos repasses da União desacelerou o processo. A última interrupção se deu entre junho e outubro do ano passado, período em que praticamente não foi registrada movimentação no canteiro de obras. Desde então, não houve parada total, mas o ritmo de trabalho também não se igualou ao verificado no início, quando aproximadamente 500 funcionários trabalhavam nas obras. Além de manter as atividades, é necessário reassentar 534 famílias e 28 pontos de comércio, localizados na Ilha Grande dos Marinheiros.

Já foram investidos cerca de R$ 388 milhões desde o começo das obras. A ponte deverá ter 12,3 quilômetros de extensão, sendo cinco quilômetros referentes a acessos e o restante à própria estrutura. A pista será composta por quatro faixas, com 28 metros de largura. As obras são de responsabilidade da construtora Queiroz Galvão e o custo total previsto é em torno de R$ 750 milhões.

Colaboração: Andreas Weber/Jovem Pan Grande POA FM 90,7
Com informações do Jornal do Comércio