Os servidores municipais de Porto Alegre decidiram manter a greve da categoria, em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (24). Cerca de 3 mil pessoas participaram da decisão, segundo o Sindicato dos Municipários (Simpa).
Um dia antes, os representantes do sindicato haviam se reunido com o prefeito Nelson Marchezan Júnior. No encontro, o prefeito afirmou que a Câmara Municipal não votaria o projeto de autoria dele que prevê mudanças no funcionalismo até o dia 2 de dezembro.
Marchezan se comprometeu a apresentar o conteúdo do que ficou decidido na reunião por escrito. O texto foi lido na Casa do Gaúcho, local em que aconteceu a assembleia, e recebeu vaias. Os municipários consideraram a oferta irrisória e disseram que as propostas do documento encaminhado pelo prefeito são diferentes do que foi acordado na reunião.
No encontro de segunda-feira, Marchezan tinha proposto que em 40 dias formaria um Grupo de Trabalho para debater os projetos, com a participação das secretarias municipais do Planejamento e Gestão, Fazenda e Procuradoria-Geral do Município. Além disso, o GT teria representantes do Simpa. No entanto, no documento apresentado na assembleia, a participação do sindicato não está incluída.
A prefeitura da Capital divulgou uma nota em que lamenta a decisão do Simpa e reafirma que o Grupo de Trabalho contaria com representação dos sindicalistas. “Os vereadores devem definir os seus representantes, assim como o sindicato deve apresentar os nomes que irão participar do GT”, diz o comunicado.
Em greve desde o dia 5 de outubro, os municipários reivindicam a retirada de quatro propostas do Executivo que tramitam no Legislativo. Segundo o Simpa, essas propostas retiram direitos dos trabalhadores.
Os servidores municipais, assim como os estaduais, vêm recebendo seus salários de forma parcelada. O sindicato já realizou diversos protestos desde o início da paralisação.
Colaboração: Andreas Weber/Jovem Pan Grande POA FM 90,7
