A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (20), a Operação Wanderlust, para desarticular organização criminosa especializada no envio de cocaína para a Europa, por meios de aeroportos internacionais do país e no tráfico de haxixe para o Brasil. Até as 11h, a PF havia prendido 33 pessoas, sendo nove em Caxias do Sul. Entra elas, um empresário caxiense apontado como líder da organização foi preso em um ferro-velho, no bairro Kayser.
Conforme o chefe da delegacia da PF de Caxias, Claudino Sebaldo Alves de Oliveira, a base da organização criminosa em Caxias do Sul, chefiada por este empresário, era responsável por aliciar mulheres para fazer o transporte de cocaína a Europa. Segundo Oliveira, as “mulas” eram seduzidas por altos valores em dinheiro. A droga era escondida em malas ou em frascos de shampoo para passar pela segurança dos terminais aéreos. Alguns “mulas” saiam do aeroporto de Caxias, outras iam a outros estados embarcar com destino, principalmente a Portugal.
Como a operação ainda está em andamento, a PF ainda não tem dados precisos sobre as prisões e as apreensões, além da quantidade de pessoas aliciadas para realizaram a traficância. Ainda assim, 25 pessoas foram flagradas realizando o tráfico de drogas, seis foram presas ao desembarcar na cidade portuguesa de Lisboa. Nestas prisões, foram apreendidos entre 140 kg e 150 kg de cocaína.
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Cerca de 200 policiais federais cumprem 40 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Amazonas e no Distrito Federal. Também são executadas ordens judiciais para apreensão de 40 veículos, (embarcações, caminhões, automóveis e motocicletas) e o sequestro de bens com valor estimado em mais de 10 milhões de reais.
Outro foco da PF na operação Wanderlust, é inibir o tráfico de haxixe para o Brasil. Nestas ações, foi interceptado em João Pessoa (PB) uma carga de 1,6 tonelada da droga em um veleiro que havia partido do Marrocos, na África, esta foi a maior apreensão da droga pela Polícia Federal.
A Operação contou com o apoio da Adidância da Polícia Federal em Portugal e com acordos de Cooperação Policial Internacional com diversos países para levantamento de informações e diligências no exterior.
