O resultado geral da pesquisa realizada em parceria entre o Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), apresentado nesta segunda-feira, dia 23, na sede do CIC, no lançamento da revista Panorama Socioeconômico de Bento Gonçalves, mostra mais uma vez que a economia do município acompanhou em 2016 o cenário nacional de retração, com uma queda média de 7,46%. Os resultados setoriais apresentam uma redução real de 7,9% na indústria, de 5% no comércio e de 9,5% nos serviços.
Além disso, o estudo demonstra uma queda de 3,6% no nível de emprego, com um fechamento de 1,6 mil postos formais de trabalho em 2016, principalmente na indústria e na construção civil.
Para o pesquisador Fabiano Larentis, integrante da equipe que coordenou o estudo, a indústria é o segmento da economia que mais tem sido impactado negativamente nos últimos anos, situação intensificada a partir de 2015 com a recessão nacional, que começou a dar seus primeiros sinais de término neste ano.
Notícias Relacionadas
RECONSTRUÇÃO
BNDES aprova mais R$ 122 milhões em capital de giro a empresas do RS
Operações aprovadas são destinadas a empresas com sedes ou filiais afetadas pelas fortes chuvas e com perdas materiais comprovadas
SOLIDARIEDADE
Outubro rosa: Campanha arrecada recursos para o Banco de Perucas de Caxias do Sul com a venda de broches
Acessório, em formato de laço, é vendido por R$ 40. Saiba como participar da ação, que vai até o fim do mês
“Há uma dependência do município em relação à indústria, levando em conta inclusive seu peso e influência sobre os setores do comércio e dos serviços”, avalia Larentis.
Mas nem todos os números são negativos, avalia Larentis. Para ele, a pesquisa indica que, apesar do cenário de retração econômica do país, da previsível constância nos dados econômicos da cidade, há números alentadores quando analisados de maneira isolada. Um deles, por exemplo, apresenta Bento Gonçalves um degrau acima no ranking do PIB gaúcho – agora na 13ª posição –, e embora tenha registrado nova queda no faturamento, de 7,5%, a redução é quatro pontos percentuais menor em relação ao divulgado pela edição passada da revista, quando a queda chegou a 11,5% (dados do PIB com base 2014).
