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Bolsonaro brinca que matou Odete Roitman: ''Aquele braço era meu''

O presidente Jair Bolsonaro fez brincadeira com a personagem de novela ao ironizar citação de seu nome em investigação do caso Marielle

Foto: Reprodução
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Na entrada para o Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (01), o presidente Jair Bolsonaro mencionou a personagem de novela Odete Roitman para ironizar a citação de seu nome no processo que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Andreson Gomes.

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Enquanto cumprimentava apoiadores e posava para fotos, Bolsonaro brincou: “Todo dia tem um problema né? Ó, já descobriram quem mandou matar Odete Roitman, tá ok? Aquele braço, lá na porta, era meu”, disse, arrancando risadas dos simpatizantes.

Uma eleitora emendou: “Não vamos cair nessa jogada deles, não vamos cair nessa jogada”. A cena foi transmitida ao vivo no canal pessoal de Bolsonaro no Facebook.

A brincadeira do presidente se refere à morte da personagem Odete Roitman, vilã da novela Vale Tudo, nos anos 1980. O mistério sobre quem matou a personagem, vivida por Beatriz Segall, atravessou boa parte da trama e só foi desvendada no último capítulo, após o público ver apenas parte do braço e a mão do assassino segurando a arma.
Ao final, descobriu-se que Leila (Cássia Kis Magro) era a autora do crime, que, na verdade, defirentemente do que disse Bolsonaro, não tinha mandante.

A informação de que um porteiro afirmou à polícia que um dos suspeitos do crime anunicou que visitaria a casa onde Bolsonaro morava no dia do assassinato foi dada pelo Jornal Nacional na última terça-feira (29). A própria reportagem, porém, mostrava registros segundo os quais Bolsonaro estava em Brasília no dia.

Posteriormente, a procuradora do Ministério Público Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), afirmou que o porteiro mentiu em depoimento à Polícia Civil. De acordo com Simone, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio do presidente foi Ronnie Lessa, o suspeito de ter feito os disparos.

Fonte: Correio Braziliense