Bento Gonçalves

Prefeitura quer cerca de R$ 4 milhões por imóveis, mas mercado acha caro

Prefeitura quer cerca de R$ 4 milhões por imóveis, mas mercado acha caro

A prefeitura de Bento Gonçalves espera arrecadar cerca de R$ 4,5 milhões com a venda de 21 imóveis que não estão sendo utilizados, localizados em loteamentos urbanos e na zona rural do município. Para isso, os interessados em adquirir os imóveis devem apresentar as propostas até o dia 27 de outubro, às 8h30min, no auditório da secretaria de Finanças.

O valor se refere à soma dos preços de avaliação dos imóveis, que serão a base para as propostas. Por isso, o número pode variar para mais, porque a proposta vencedora para a compra será a que atribuir o maior preço, ou para menos, porque pode haver imóveis para os quais não apareçam interessados.

O dinheiro arrecadado com a negociação dos terrenos poderá ser utilizado apenas para o aumento de capital, como a compra de outros imóveis ou a construção do centro administrativo, por exemplo, ou deverá ser aplicado no Fundo de Aposentadoria dos Servidores (Faps Bento).

Secretário De Paris afirma que recursos reforçarão orçamento

É uma avaliação que será feita. É óbvio que procuraremos direcionar para o centro administrativo, porém nós não podemos deixar de pagar salários. Então, essa destinação é uma questão da gestão financeira”, avalia o secretário Geral de governo, Enio De Paris.

O secretário deixa claro que, no caso de parte dos recursos serem destinados ao Faps, o objetivo será aliviar o orçamento municipal dos depósitos das parcelas extras pagas pelo município.

Proposta foi apresentada a representantes do mercado imobiliário (Fotos: Rogério Costa Arantes)

A proposta do edital foi apresentada ao mercado imobiliário e a todo os interessados em uma audiência realizada nesta quinta-feira, dia 19, em que os imóveis foram apresentados detalhadamente e os valores de avaliação foram conhecidos.

Na proposta, há terrenos localizados em bairros nobres, e outros que apresentam dificuldades mercadológicas. Em geral, o modelo não agradou aos representantes de construtoras e imobiliárias presentes, que avaliam os preços mínimos, avaliados pela prefeitura, como muito altos.

Para o corretor de imóveis Gilmar Massutti, a iniciativa da prefeitura é importante, mas a avaliação não apresenta margens de ganho para os empreendedores. Para ele, a licitação corre riscos de não aparecer interessados. Ele aponta que a saída seria a redução dos preços em torno dos 40%, mas ressalta que não acredita que isso vá acontecer.

Gilmar Massutti vê que preços não são atrativos ao mercado

Os preços de mercado caíram muito, e o que a gente vê é que a possibilidade de negociação a esses preços, avaliados pelo mercado de maneira elevada, considero que vai ser complicado para um investidor comprar a esses preços”, avalia o corretor.

O investidor está comprando pela vantagem do preço, e não estamos vendo vantagem nos preços oferecidos”, sintetiza.