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"A multa só ocorre por não haver respeito", diz comandante da PRE sobre fiscalização em semáforos na ERS-122

Marcelo Stassak concedeu entrevista nesta manhã à Rádio Viva

Foto: Daniela Pozza/Grupo RSCOM
Foto: Daniela Pozza/Grupo RSCOM

O comandante do Pelotão Rodoviário da Brigada Militar de Farroupilha, Marcelo Stassak, participou do programa Bom dia Trabalhador, com o comunicador Sinval Paim, na manhã desta terça-feira (29). Ele falou sobre as ações feitas pela corporação no trânsito da Serra Gaúcha, sobre a Operação Verão, que deve começar em dezembro, e também sobre o novo prédio que vai abrigar a corporação e deve ficar localizado na ERS-122, nas proximidades da Tramontina.

Stassak destacou que o mês de outubro já registra um movimento intenso, nos finais de semana, para o litoral gaúcho, o que reforça a necessidade de uma fiscalização intensa, principalmente em combate a embriaguez ao volante e a alta velocidade, dois dos principais fatores de acidentes no trânsito das rodovias da região. Ele destacou que algumas pessoas só entendem a gravidade quando são abordadas pela polícia.

“As pessoas insistem nisso, nesse ato irresponsável, que misturar bebida e direção. Algumas pessoas parassem não ter a noção do que isso representa. Mas no momento da abordagem a gente percebe o desespero delas. Quando abordamos jovens, que precisam de um contato familiar, percebemos também o desespero dos pais ao saber os riscos que seus filhos estavam acometidos e também acometendo a outras pessoas”, disse.

Questionado sobre os radares que foram retirados das rodovias estaduais, Satassak comentou que a licitação com a empresa que operava os equipamentos acabou junto ao Estado e que outra já está sendo providenciada. Enquanto isso, o Batalhão vem trabalhando com as fiscalizações com radas portáteis nos locais já sinalizados. Ele ressaltou que os radares que continuam instalados não estão em funcionamento. Ele cita a ERS-122, entre Farroupilha e Caxias, que registrou uma queda considerável no número de acidentes com mortes nos últimos anos como um exemplo da eficacia dos radares fixos e móveis.

O comandante também falou sobre o estudo que vem sendo realizado nas rodovias para uma padronização dos limites de velocidade.

“Estamos elegendo alguns trechos de maior gravidade e mais necessidade para implementar uma fiscalização  mais apurada em trechos onde o limite é menor. Temos um trecho critico aqui na RSC-453, próximo a Sazi, onde precisamos fiscalizar melhor. O estudo serve exatamente para isso, sabermos onde devemos agir com o radar e também com uma melhor sinalização. Já solicitamos ao Daer uma padronização média e segura para toda a região, esperamos ter uma reposta logo”.

Sobre a nova sede do Comando, que está sendo projetada para ficar na ERS-122, próximo ao trevo da Tramontina e do shopping atacadista Golden Center. A área de mais de 11 mil metros quadros irá abrigas um prédio com dois pavimentos que terá salas administrativas, de monitoramento, banheiros, cozinha e vestiários. O projeto ainda contempla uma balança de pesagem e um heliporto. Ele comentou sobre a importância dos equipamentos que deverão ser instalados.

“O pessoal arrisca andar com excesso de peso, temos essa dificuldade por não ter uma balança para poder fazer um controle efetivos. As vezes a gente sabe que o caminhão está com excesso de peso, mas temos que nos basear pela nota fiscal. Sem contar o dano que essa situação causa a rodovia, o peso esta diretamente ligado a condição da rodovia. Por isso estamos trabalhando para que a balança chegue junto ao novo prédio que já foi apresentado ao Daer”, disse.

Para finalizar, Satassak comentou que multas estão sendo enviadas a motoristas que cruzam semáforos em sinal vermelho, principalmente no trecho de ligação de Farroupilha a Caxias do Sul, que conta com, ao menos, cinco conjuntos de sinalização.

“A reclamação vem, ela é natural, a fiscalização é antipática por si só, a gente entende isso. Algumas pessoas aceitam, outras não, outro querem saber o porque, e a explicação é única: a multa só ocorre por não haver respeito a uma lei de trânsito, cruzar um sinal vermelho e por em risco não apenas a sua vida, mas a de outros condutores. estamos intensificando isso também e vamos tentar assim amenizar e conscientizar as pessoas que sinaleira vermelha é sinal de pare”.