Nesta segunda – feria (21) um fato inédito na Assembleia Legislativa, pela primeira vez, a corte cassou o mandato do Presidente em exercício. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato de Luis Augusto Lara (PTB), os desembargadores entenderam que Lara foi favorecido por uso da máquina pública do município de Bagé durante a eleição de 2018 e decidiram através de uma votação para a cassação que terminou com quatro votos favoráveis e três contrários. A perda do mandato, no entanto, não é automática.
Antonio Mayer dos Santos, advogado de Lara, contestou as acusações, afirmando que Lara não precisaria dos votos obtidos na cidade onde seu irmão exercia o cargo de prefeito para se eleger. O advogado vai recorrer ao próprio TRE para manter o mandato de Lara. O recurso serve para os magistrados esclarecerem eventuais trechos confusos ou obscuros da decisão. Porém, tem efeito suspensivo — o que dá garantia a Lara do direito ao cargo até segunda decisão e se for necessário a defesa irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O PSOL pretende recorrer da decisão, pois o partido queria a anulação dos votos de Lara e o recálculo do coeficiente eleitoral, assim a vga seria do partido e quem assumiria seria o primeiro suplente, deputado Pedro Ruas. Como o TRE não anulou os votos, a cadeira fica com o PTB e quem assume a vaga de Lara é a atual secretária de Trabalho e Assistência Social Regina Becker.