Os vereadores de Bento Gonçalves aprovaram. por 10 x 6, o acolhimento da denúncia protocolada pelos vereadores que compuseram a CPI das Fakenews onde está solicitada a cassação do vereador Moacir Camerini (PDT).
Inicialmente e conforme o regimento interno, prestaram juramento e assumiram vereadores suplentes em substituição aos titulares de CPI. São eles Tiago Fabres, Delarci Martins (o Cascão) Carlos Roberto Pozza, todos do PP, José Gava (PDT) e Leocir Lerin( MDB). Apenas o vereador Camerini e o vereador Fabris se manifestaram antes da votação,. Tudo muito rápido. Camrini pediu que o deixassem trabalhar e se preocupassem com situações que realmente deveriam preocupar e que são de interesse da população, e não com “memes”. Fabres disse que não quer uma condenação, mas que a verdade seja apurada e que o que pesa nesta questão não é a reputação de um vereador, mas do conjunto dos vereadores que compõem a Casa.
A votação foi rápida. Os seis vereadores que foram contra o pedido de instauração do processo são Moisés Scussel, Marcos Barbosa, Agostinho Petrolli, Leocir Lerin, Élvio de Lima e o próprio Moacir Camerini. Acolheram a proposta: Jocelito Tonietto, Paulo Roberto Cavalli, Sidinei da Silva, Valdemir Marini, Edson Biasi e Gustavo Sperotto, Carlos Roberto Pozza, Tiago Fabres, Delarci Martins e José Gava.
A votação deu indicativos de que não será muito fácil a obtenção dos dois terços contra o vereador. Alguns de seus colegas temem abrir um precedente. O vereador Agostinho Petrlli (MDB) ocupou a tribuna após a votação para dizer que não desejava defender o vereador Camerini, mas que entende estar havendo um movimento em busca da cassação do colega e que os próprios votos indicam não haver isenção nas posições adotadas. “Preciam0s respeitas os 1.400 eleitores de Camerini”.
Foram sorteados para o trabalho da Comissão processante os vereadores Neri Mazzochin (presidente), Gustavo Sperotto (relator) e Moisés Scussel (membro). Caso esta comissão entenda ao final do trabalho, que a cassação é cabível, serão necessários 12 votos, ou 2/3 dos vereadores. Mas a Comissão pode indicar um caminho alternativo, propondo uma simples advertência ou suspensão temporária do vereador.
Camerini sustentou, a partir da tribuna, que não pretende renunciar para escapar de ter seus direitos políticos suspensos e reafirmou que não mudará sua forma de agir. “Se me querem fora da Câmara, deixem que os eleitores decidam isto na eleição do ano que vem”, pediu aos colegas.