Caxias do Sul

Justiça nega liminar e supermercados podem abrir no feriado em Caxias e região

(Foto: Agência Brasil/Divulgação)
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O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região decidiu não acatar uma liminar do Sindicato dos Empregados no Comércio de Caxias do Sul (Sindicomerciários) que impedia os supermercados de abrir com mão-de-obra de funcionários nesta quinta-feira, dia 12, feriado de Nossa Senhora Aparecida. A informação é do gerente-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros), Vanderlei Fantinel. Com isso, os supermercados de Caxias do Sul, Flores da Cunha, Nova Pádua e São Marcos devem funcionar normalmente amanhã.

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O pedido para que os supermercados não pudessem abrir foi feito pelo Sindicomerciários. O argumento da entidade que representa os trabalhadores é de a proibição deveria ocorrer porque ainda não há definição de acordo coletivo para a categoria.

O gerente-executivo do Sindigêneros, Vanderlei Fantinel, afirma que a Justiça decidiu em duas instâncias pela abertura dos supermercados amanhã. “O dissídio continua em negociação. Não tivemos acordo ontem no tribunal. As decisões [da Justiça] até agora é de que os mercados podem abrir normalmente com mão-de-obra de funcionários”, revela.

O presidente do Sindicomerciários, Silvio Frasson, diz que a entidade ainda não recebeu oficialmente a decisão, mas revela que a informação já chegou até a entidade. “Nós não recebemos oficialmente, mas a informação que tem é de que a justiça indeferiu o nosso pedido”, disse.

No feriado de 20 de setembro, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, em Porto Alegre, havia decidido pela proibição da abertura dos mercados em Caxias e região.

Mais uma reunião sem acordo

Nesta quarta-feira, dia 10, nem a mediação da justiça conseguiu dar um fim ao impasse envolvendo o dissídio dos trabalhadores em supermercado. No encontro de ontem, Sindicomerciários e Sindigêneros chegaram a acordar o valor do reajuste salarial, que seria de 3%. A divergência está na remuneração pelo trabalho em feriados e também no salário-base para empacotador.

Segundo o presidente do Sindicomerciários, Silvio Frasson, a diferença entre as propostas em alguns casos é de apenas dez reais. Por isso, ele reclama da postura do Sindigêneros. “Infelizmente a classe patronal quer humilhar o trabalhador. Os valores que não se acertaram são valores irrisórios, diferença de R$ 10 que eu acho que não dão só para querer humilhar o trabalhador”, afirma.