Caxias do Sul

Continência a militares e mudança do Brasil: Ônix Lorenzoni palestra em Caxias

Continência a militares e mudança do Brasil: Ônix Lorenzoni palestra em Caxias

Em meio a provocações ao Partido dos Trabalhadores (PT), anúncios de investimentos e retomada da economia brasileira, o mistro-chefe da Casa Civil, Ônix Lorenzoni, fez uma palestra que agradou a classe empresarial na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul em reunião-almoço extraordinária nesta sexta-feira (27).

No discurso de abertura, o presidente da CIC, Ivanir Gasperin, citou a importância da região serrana a nível nacional e fez cobranças por investimentos, principalmente por estradas em boas condições para escoamento da produção.

“Região produtora e de serviços, necessitamos de estradas duplicadas e em boa qualidade. Novo aeroporto. Atenção aos pleitos da Universidade de Caxias do Sul. Ao invés de construir novos prédios, porque não comprar vagas em universidades comunitárias? Custa cinco vezes menos que uma universidade federal. Está casa é favorável, ainda, ao programa creche para todos”, salientou.

“O PT inaugurava papel assinado e não saía do lugar”. Com este tom, Lorenzoni pautou as ações do governo Jair Bolsonaro em pouco mais de oito meses à frente da nação. Citou as privatizações e prestou continência aos militares que estavam no evento: o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO/Serra), Coronel Glauco Alexandre Braga, o titular o 12° Batalhão de Polícia Militar (12° BPM), tenente-coronel Jorge Emerson Ribas e o comandante do 3° Grupo de Artilharia Antiaérea (3° GAAAe), Leandro Fernandes Moraes. O gesto, disse ele, era uma forma de respeito de um civil ao trabalho das forças de segurança.

Depois de afirmar que o atual governo recebeu um país amarrado por escolhas erradas, inchado e aparelhado ideologicamente, o ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni, reiterou que “o Brasil que estamos construindo juntos será livre, próspero e seguro para viver e investir”.

O ministro prevê a reforma da Previdência aprovada até 15 de outubro. Ao gerar economia de R$ 1,2 trilhão, acrescentou, a nova Previdência vai permitir ao Brasil se apresentar no exterior como um país com previsibilidade e equilíbrio fiscal. Ele anunciou que após a reforma da Previdência, virá a reforma tributária e a revisão do pacto federativo, “que vai modificar completamente a relação entre a União, estados e municípios”.

Simplificar, reduzir e desburocratizar está no plano de governo, segundo o ministro. “Quanto menor o peso do estado, maiores os ganhos para quem trabalha e produz. Estamos tirando o Estado do cangote do cidadão, servindo às pessoas e não se servindo delas”, assinalou Onyx Lorenzoni. Também relatou que o governo continuará cortando cargos em comissão – serão mais 25 mil até o fim deste ano, além dos 21 mil já eliminados – revogando decretos, extinguindo conselhos e reduzindo impostos. Sobre a CPMF, o ministro da Casa Civil foi enfático: “Não tem CPMF, está morta e enterrada”.

Onyx Lorenzoni também falou sobre as medidas contidas na Medida Provisória da Liberdade Econômica e de outras ações importantes e inovadoras, como a digitalização de 358 serviços, avanço da Ferrovia Norte-Sul, o Acordo de Livre Comércio Mercosul e União Europeia e isenção de vistos para Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão.

O convidado da CIC também citou exemplos práticos de resultados alcançados pela mudança do ambiente no País nos oito meses de governo Bolsonaro: maior geração de empregos formais nos últimos cinco anos – 500 mil; menor taxa de juros da história; crescimento do setor de varejo e serviços; crescimento do turismo; redução em nove índices de violência ; e queda do risco-Brasil, sendo o menor número em seis anos.

Falou ainda sobre o programa de privatização e de parcerias de investimentos. Em 2019 já foram realizados leilões, informou. Para o Rio Grande do Sul, o Programa de Parcerias de Investimentos deve contemplar 200 km de linhas de transmissão de energia e 13 subestações, o Trensurb; estudos para concessão de 550 km na BR 116/290 e BR 158/392; e projeto piloto do PPI Presídios. “O governo Bolsonaro escolheu o crescimento pelo investimento”, declarou.

Fotos: Maicon Rech/Grupo RSCOM