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Justiça afasta prefeito de Bagé por suspeita de fraudes em licitações

Justiça afasta prefeito de Bagé por suspeita de fraudes em licitações

O prefeito de Bagé, Divaldo Vieira Lara (PTB), foi afastado do cargo por 180 dias pelo Ministério Público (MP) do Estado do Rio Grande do Sul. Ele foi denunciado por fraudes nas licitações, que correspondem a crimes de responsabilidade, desvio de verbas públicas e organização criminosa.

A decisão do afastamento é do desembargador relator da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado. Além do prefeito, também foram afastados os ex-secretários municipais de Finanças, José Otávio Ferrer Gonçalves, e do Meio Ambiente, Aroldo Quintana Garcia.

As investigações apontaram indícios de irregularidades nas contratações da prefeitura em 2017, início do mandato do prefeito afastado. Um dos contratos irregulares teria sido feito para a prestação de serviços de coleta de resíduos sólidos. De acordo com o MP, existe a suspeita de dispensa de licitações, pagamentos em duplicidade e fracionados, sem prévio empenho ou sem contrato, com o intuito de beneficiar três empresas.

O Laboratório de Lavagem de Dinheiro do MP detectou a suspeita de superfaturamento tanto para serviços de copa, higienização e desinfecção de postos de saúde, além dos serviços de coleta de lixo.

Também foram denunciados por formação de quadrilha, crime de responsabilidade e desvio de verbas públicas a ex-diretora-geral da Câmara de Vereadores de Bagé, Carla Almeida Caetano Gonçalves, o empresário Ronaldo Burns Costa e Silva, a empresária Paula Lopes Groeger, o ex-diretor do Departamento de Águas e Esgotos de Bagé, Volmir Oliveira Silveira, o ex-secretário da Fazenda, Aurelino Brites Rocha, o servidor público municipal Giovani Soares de Morales, o funcionário público Glademir Silva Leal, o atual secretário Municipal do Meio Ambiente, Nael Abd Ali, o empresário Rogério dos Anjos Meirelles e o empresário Cassius Fagundes Reginatto.