Caxias do Sul

Sindicato dos Policiais Civis diz que governo virou as costas para a população

Sindicato dos Policiais Civis diz que governo virou as costas para a população

Os servidores da Polícia Civil entraram em greve nesta segunda-feira, dia 9, em todo o Rio Grande do Sul. Em Caxias do Sul, os agentes estão nas Delegacias mas só devem atender ocorrências de crimes graves, contra a vida. A medida, decidida em assembleia na última quinta-feira, dia 6, deve seguir até a integralização dos salários por parte do governo do estado, que está prevista para o dia 17 de outubro.

O presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Urgeirm), Isaac Ortiz, afirma que o movimento grevista vai manter os atendimentos de urgência e emergência. De acordo com ele, o governador José Ivo Sartori virou as costas para a segurança e o parcelamento de salários não é o único fator que motiva a paralisação.

“A principal motivação é a falta de segurança neste estado. Não aguentamos mais as pessoas chegando na delegacia, se queixando, comunicando que tiveram a arma apontada na sua cabeça ou para roubar um celular, um tênis, uma série de crimes acontecendo e não há nenhuma providência mais contundente do governo. O governo do estado fechou os olhos, virou as costas para a população vítima da violência. Não traz uma palavra de consolo. Isso tem nos causado muita intranquilidade. Já faz 22 meses de parcelamento de salário e chegou o momento de não receber nenhum tostão, nenhum centavo. Não se sabe quanto vai receber. Tudo isso culminou nessa indignação que se instalou no estado por parte da população e dos policiais que acham que esse governo não merece nossa confiança em relação a segurança pública”, salienta Ortiz.

Apenas 30% do efetivo de cada órgão da Polícia Civil está mantido. Porém, só atenderá caso haja necessidade. O objetivo é garantir a prestação dos serviços indispensáveis e inadiáveis da comunidade.

A determinação, ainda, é para que não haja circulação de viaturas, de modo que todas devem permanecer no órgão a que pertencem enquanto durar o movimento grevista. Além disso, não haverá cumprimento de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações e ações policiais, serviço cartório, entrega de intimações, oitivas, remessas de Inquéritos Policiais ao Poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária.

Os plantões somente atenderão os flagrantes e casos de maior gravidade, tais como: latrocínios, homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos e Lei Maria da Penha, além daquelas ocorrências em que o comando de greve ou o plantonista julgar imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil.