A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul começa a analisar, na próxima terça-feira (3), o sexto pedido de impeachment do prefeito Daniel Guerra. A denúncia foi protocolada na manhã de quinta-feira (29) por Jefferson Côrtes, ex-subprefeito de Vila Oliva, e trata de uma suposta irregularidade na ampliação do estacionamento do Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, concluída ano passado.
A apreciação da matéria é baseada no decreto-lei federal 201/1967, com amparo no Regimento Interno da Casa.
De acordo com Côrtes, o pedido é baseado em um processo trabalhista já existente, de onde foi percebida essa suposta construção irregular.
“Ela (ampliação) pega parte de um terreno particular, caracterizando nitidamente a construção em área particular. Isso é crime. Tem Lei. As pessoas estão cientes dessa situação. Tem todo o processo encaminhamento no Ministério Público e graças a um processo trabalhista, se descobriu essa situação. A prefeitura não apresentou, diante do processo, os documentos necessários para compra ou aluguel. Não se tem esse respaldo, a prefeitura deixou vago. O valor aproximado, hoje, giraria em torno de R$ 800 mil em cima desse terreno particular. Segundo informações que tenho, foi gasto R$ 400 mil a mais na construção, na ampliação. Dinheiro público, do contribuinte”, diz Jefferson.
Já Daniel Guerra, por meio de nota à imprensa, se pronunciou sobre mais uma denúncia de suposta improbidade administrativa protocolada na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul.
“Mais uma vez, de maneira repetida e cansativa, um instituto importante como o impeachment torna a ser palanque político de interesses obscuros. Não iremos perder tempo com esse tipo de distração que nada agrega a Caxias do Sul.”
Este é o sexto pedido de impeachment do prefeito Daniel Guerra desde o início de sua gestão. Em fevereiro deste ano, os vereadores de Caxias, por maioria, negaram a admissibilidade da denúncia que havia sido protocolada pelo ex-vice-prefeito, Ricardo Fabris de Abreu.