Bento Gonçalves

Após um mês, greve dos professores estaduais segue em Bento

Educadores trancam a rua Duque de Caxias para exigir que o Comando de Greve seja recebido - Foto: divulgação
Educadores trancam a rua Duque de Caxias para exigir que o Comando de Greve seja recebido - Foto: divulgação

A greve dos professores da rede estadual segue em Bento Gonçalves, após quase um mês de paralisação. O 12º núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) diz que o governo José Ivo Sartori está praticando “perseguição política e tortura psicológica” contra os trabalhadores da educação ao fazer ameaças de cortar o ponto e demitir os professores contratados.

Em Bento Gonçalves, apenas a Escola de Ensino Médio Mestre Santa Bárbara, do bairro Humaitá e a Escola de Ensino Fundamental Comendador Carlos Dreher Neto, do bairro Glória, paralisaram totalmente as atividades, ambas retornaram as atividades parcialmente.

Educadores trancam a rua Duque de Caxias para exigir que o Comando de Greve seja recebido – Foto: divulgação

Outras instituições como o Colégio Estadual Dona Isabel, do bairro Universitário, a E.E. de Ensino Fundamental General Bento Gonçalves da Silva, no centro, a E.E. de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Salette, no Barracão e a E.E. de Ensino Fundamental Maria Goretti, no bairro Maria Goretti seguem parcialmente em greve.

Para Juçara Borges diretora do 12º Cpers/Sindicato, com sede em Bento Gonçalves, durante encontro com deputados, ela garante que nenhum projeto contra a categoria será votado no Poder Legislativo gaúcho.

“Tem escolas que estão em greve, tem escolas que estão parcialmente em greve e outras que estavam em greve retomaram. Hoje tinha projetos que retornavam a Assembleia Legislativa que retiravam nossos direitos , para entrega das estatais do RS. Nós conseguimos, conversando com os deputados com que não houvesse acordo na reunião de líderes, então não entra nenhum projeto”, ameniza Juçara.

Na última segunda-feira, dia 2 de outubro, o governo do estado ameaçou demitir os professores que trabalham por meio de contrato temporário e aderiram ao movimento grevista.

O governo do Estado estuda a possibilidade de demitir os professores contratados, porém a diretora do núcleo discorda e diz que a conduta do governo é uma represália contra a greve da categoria.

“O governo só pode demitir se ele nomear concursados e a gente sabe que não tem concursado, não está nomeando os concursados, então é uma ameaça, é um terrorismo para forçar terminar a greve”, explica.
Os trabalhadores em educação que possuem vínculo empregatício com o estado através do regime de contratação “temporária” somam mais de 50℅ do quadro do magistério público estadual.

 

Ouça Juçara Borges