Bento Gonçalves

Mulher que confessou morte de irmã é indiciada por latrocínio

Mulher que confessou morte de irmã é indiciada por latrocínio
Ana Paula Bittencourt, de 32 anos, confessou ter matado a irmã na madrugada do dia 2 de agosto. (Foto: arquivo leouve)

Dois meses depois da morte de Aparecida de Fátima Marin Bittencourt, de 44 anos, a polícia indiciou Ana Paula Bittencourt, de 32 anos, a mulher que confessou ter matado a irmã na madrugada do dia 2 de agosto, pelo crime de latrocínio, ou seja, o homicídio realizado com a intenção de roubar.

De acordo com o delegado Álvaro Becker, titular da 2ª Delegacia de Polícia (DP) de Bento Gonçalves, que comanda as investigações, o latrocínio se caracterizou porque, no dia seguinte ao assassinato, Ana Paula teria levado o celular da irmã morta. Além disso, a pena pela condenação por latrocínio é maior que a de homicídio.

O inquérito policial foi remetido ao Ministério Público (MP), a quem cabe analisar as provas e oferecer ou não a denúncia à Justiça. Dessa maneira, o MP pode acatar o indiciamento e remeter a denúncia por latrocínio, pode desclassificar a acusação e indiciar Ana Paula apenas por homicídio ou mesmo exigir novas diligências e dar novo prazo à investigação criminal.

“Depende do MP aceitar essa denúncia por latrocínio e daí fazer a denúncia contra ela por latrocínio. Caso entenda que não, ele pode desclassificar e indiciar ela pelo homicídio”, afirmou.

Segundo o delegado Álvaro Becker, o latrocínio se caracterizou porque, no dia seguinte ao assassinato, Ana Paula teria levado o celular da irmã morta. (Foto: Airton Ferreira)

Ana Paula se apresentou à polícia espontaneamente na tarde do dia 24 de agosto, depois de ter a prisão preventiva decretada. Na oportunidade, ela foi encaminhada para o presídio de Bento Gonçalves e na mesma noite transferida para o Presídio Estadual Feminino de Torres, segundo o delegado, por questões de segurança.

Depois da transferência, ela foi encaminhada ao Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, onde passa por exames de avaliação de sua capacidade psiquiátrica e por um exame de sanidade mental solicitado pela polícia. Becker explica que o período mínimo de realização dos testes é de 30 dias e que, enquanto isso, o percurso do processo fica suspenso.

“O percurso do processo fica suspenso até que ela conclua os exames e se decida se ela tinha conhecimento dos atos que ela fez durante o crime, se ela tinha discernimento ou não. Se ela tem problemas mentais, se é psicopata ou algum sentido assim ou não. Então tem que esperar o trâmite do IPF, que eles vão fazer um laudo e encaminhar para a justiça”, explicou.

Uma eventual reconstituição do crime ainda não está descartada.