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Justiça manda bloquear ativos de hackers em criptomoeadas

(Foto: Reprodução)
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A 10ª Vara Federal de Brasília determinou neste sexta-feira (26), por meio do juiz Vallisney de Souza Oliveira, o bloqueio de ativos em carteiras de criptomoedas dos investigados da Operação Spoofing.

A investigação prendeu, na última terça-feira (23), quatro pessoas suspeitas de envolvimento na invasão do celular do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). Na ação foram presos, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Walter Delgatti Neto.

Nas buscas realizadas pela Polícia Federal, foram encontrados valores que, segundo os suspeitos, foram obtidos pelo mercado de bitcoin. Agora, a PF busca informações sobre a existência de contas de criptomoedas “que poderiam seriam controladas por Walter Delgatti como forma de ocultar pagamentos recebidos por suas atividades ilícitas, bem como para se determinar a real dimensão das invasões praticadas”.

Nesta sexta-feira (26), o juiz Vallisney prorrogou por mais 5 dias a prisão dos acusados. Segundo ele, a manutenção das prisões é necessária para o aprofundamento das investigações, “porque a informação técnica atesta que cerca de 1.000 pessoas ou números telefônicos teriam sido alvos dos ataque”.

Ao prorrogar as prisões, o juiz atendeu a pedidos da PF e MPF que solicitaram o ato devido ao grande número de arquivos e materiais apreendidos com os suspeitos.

“Sem a prorrogação de mais 5 dias das prisões, soltos os investigados poderão agir e combinar e praticar condutas, isoladamente e em conjunto, visando apagar provas em outros endereços, mudar senhas de contas virtuais, fazer contatos com outras pessoas eventualmente envolvidas, retirar valores de contas desconhecidas ou de algum modo prejudicar o inquérito policial”, afirmou na decisão.