Com interdição total decretada na quinta-feira, dia 21, e o prazo para a transferência de cerca de 60 presos encerrando na terça-feira, dia 26, uma reunião que será realizada na segunda-feira, dia 25, entre a 7ª Delegacia Penitenciária Regional, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a Justiça deverá definir a situação do Presídio Estadual de Bento Gonçalves.
A intenção da delegada Marta Bittencourt da 7ª Delegacia Penitenciária Regional, é apresentar as obras recentes que foram realizadas na cela 11 e no pavilhão de trabalho que ampliaram em 40 vagas o número total de apenados no Presídio de Bento Gonçalves.
Conforme a delegada Marta serão apresentados os projetos para que ocorra uma minimação da situação de lotação.
“Estamos em tratativas e vamos expor ao juiz as reformulações, as adequações que foram feitas no presídio junto com a engenharia para tentar minimizar a interdição da casa prisional”, aguarda.
Até essa decisão não sair, a Susepe deve transferir pelo menos 60 presos que estão no regime fechado até a terça-feira, dia 26. Atualmente o Presídio de Bento está com 257 apenados e a justiça determinou a interdição numérica de 192 presos, sendo necessário transferir o excesso para outras comarcas do Rio Grande do Sul.
Segundo a delegada da 7ª Delegacia Penitenciária Regional, Marta Bittencourt, já foi solicitado a transferência de presos para os presídios de Vacaria, Guaporé, Nova Prata, Canela, São Francisco de Paula e Caxias do Sul.
“Num primeiro momento solicitamos vaga para os apenados na 7ª região penitenciária e agora estamos agudando autorização das comarcas para que ocorra da melhor forma possível, e pode ser que na semana que vem possa ter uma situação melhor”, acredita.
As outras comarcas devem autorizar o recebimento dos presos de Bento Gonçalves e região para posteriormente ocorrer a transferência.
O juiz Nilton Filomena acolheu pedido do Ministério Público feito através do promotor Gilson Medeiros que determinou a remoção temporária de apenados para outros estabelecimentos, além de impedir a entrada de novos presos. A decisão atende a um pedido do Ministério Público, em razão da superlotação do presídio e da falta de segurança.