A análise do pedido de impeachment do prefeito Daniel Guerra, formulado pelo vice-prefeito, Ricardo Fabris de Abreu, deve ocorrer somente na próxima terça-feira, dia 26. Nesta quinta, dia 21, os vereadores adiaram em quatro dias a votação após um pedido formulado pelo vereador Kiko Girard (PSD).
Kiko justificou o adiamento pela falta de tempo em analisar a denúncia. Apesar de ser colega de partido de Fabris, o vereador fez questão de dizer que a acusação partiu do vice-prefeito e não da sigla. “Pra mim foi surpresa também, que partiu não do PSD, partiu do cidadão Ricardo Fabris. Nós tivemos acesso a esse documento só no final da tarde [de terça], na Câmara, após ser redigido. Pra mim também foi uma surpresa, mas vamos analisar com bastante calma para ver o que podemos decidir na votação”, declarou.
Os vereadores da base do governo, Renato Nunes (PR) e Chico Guerra (PRB), votaram contra o adiamento. Além deles, Neri, o Carteiro (SD) e Arlindo Bandeira (PP) também se posicionaram contra o pedido de vistas. Renato Nunes justificou o voto contrário ao adiamento alegando que a denúncia apresentada pelo vice-prefeito tem os mesmos elementos do pedido do Bacharel em Direito João Manganelli Neto, rejeitado por unanimidade no plenário da Câmara de Vereadores no dia 5 de setembro. “Essa matéria já é vencida. O que está elencado nesse pedido já foi matéria inclusive do primeiro. É uma palhaçada. Querem fazer o terceiro turno em Caxias. Lamentavelmente fazem de tudo para atrapalhar”, disse.
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Nunes também criticou o pedido apresentado por Kiko Girard. “A alegação do vereador, que é do partido do Ricardo Fabris, ele diz que desconhece. Como assim, se ele é do partido. Foi feito convite através dele para o vice vim para o partido dele. Como é que ele não sabia que isso ia acontecer. Essa aí não colou”, disparou.
A declaração do vereador do PR incomodou Kiko, que quis tirar satisfação e os dois discutiram paralelamente à sessão.
