Como Paulo Caleffi (PSD) vai conquistar votos na periferia? Indo a Brasília, Alcindo Gabrielli (MDB) não está cedendo terreno importante a seus futuros adversários? Quem, dentro do PP reunirá mais condições para ser o candidato escolhido à sucessão de Pasin? sonham com a indicação os vereadores Pasqualotto e Mazzochin, os secretários Parisotto, Viríssimo e Lucatelli; Moacir Camerini, que não deve ficar no PDT, terá espaço decisivo na eleição como muitos pensam que terá? Diogo Siqueira (PSDB), Anderson Zanella (PSD), Fortunato Rizzardo (PDT) e Dentinho (Novo) podem surpreender?
Veja que são muito mais perguntas do que respostas. E nestes 12 meses que antecedem ao início oficial da campanha para eleições municipais, deverão começar a ser respondidas uma a uma. Há um complicador que deixa a todos atordoados: não haverá coligação na eleição para vereador e o partido que pretenda ter bancada na Câmara deverá apresentar candidato a prefeito. Assim, muitos candidatos estarão na urna. E mais, o coeficiente eleitoral possivelmente fique próximo a cinco mil votos. Ou seja, um partido deverá ter pelo menos este número de votos para eleger seu primeiro representante. Dificuldades à vista para partidos menos tradicionais.
Na noite de sexta-feira, por exemplo, teve jantar festivo para a posse do novo diretório municipal do PSDB que terá o ex-emedebista Henrique Núncio na presidência. Mas as conversas não se restringem a atos oficiais. As rodas de bar, os cafés nas esquinas e padarias, tudo é um laboratório onde se sente o ambiente.
Muitas destas conversas geram mais dúvida do que certeza. O pessoal sabe que vai ser preciso estratégia, aliança e inteligência mais do que dinheiro – embora este sempre importante no modo como se faz campanha neste brasilzão onde até o porta papel higiênico num posto de gasolina precisa de cadeado.
O certo é que cada um acredita ter mais chances de se eleger e já se sabe: todos juram amor, fidelidade e comprometimento, desde que seu nome e foto estejam na urna eletrônica à frente dos demais.
Hoje quem comanda a prefeitura e a Câmara é o PP. Na condição de vice e com duas cadeiras no Legislativo o PSDB também não quer perder proeminência. O PP sai com vantagem na disputa porque é governo, pilota a máquina e não tem oposição consistente. Mas fazer sucessor não é tarefa simples. Uma escolha mal feita ou uma aliança mal construída podem por tudo a perder.
O jogo só ficará mais claro quando da abertura da janela para troca de partidos por parte dos players. Isto deve ocorrer em março do próximo ano e só uma coisa parece certa: nada será como está.