Caxias do Sul

Término de convênio põe em risco o policiamento comunitário em Caxias

Policiamento comunitário existe desde 2012 em Caxias do Sul (Foto: Gustavo Gargioni/divulgação)
Policiamento comunitário existe desde 2012 em Caxias do Sul (Foto: Gustavo Gargioni/divulgação)

Uma das fases do convênio de policiamento comunitário entre prefeitura de Caxias e estado se encerra neste sábado, dia 16, e traz a tona o risco da continuidade do projeto iniciado na cidade. Os problemas podem se estender, principalmente, aos moradores de bairros mais afastados da área central.

Policiamento comunitário existe desde 2012 em Caxias do Sul (Foto: Gustavo Gargioni/divulgação)

O atuante nº 64/2013, não pode ser renovado porque, de acordo com o município, não houve manifestação do Estado por conta de inconsistências na prestação de contas do período entre outubro de 2015 e setembro de 2016 e também por uma alteração na Lei 13.019, de 2014, que institui novas normas para parcerias entre administração pública e organizações civis.

Os apontamentos foram enviados ao Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro), que gere os recursos, por meio do Ofício nº 211/2017. Entre as questões levantadas estão os casos em que os núcleos (junções de bairros) contam com menos de três policiais em atividade, conforme determina o acordo, o que impacta diretamente nos serviços prestados à população.

Bairros que não terão policiamento comunitário a partir de sábado, dia 16

Jardim América, Universitário, Serrano, Cinquentenário 1 e 2, Marechal Floriano, Madureira, Vila Cristina, Ana Rech, Planalto, Desvio Rizzo, Esplanada, Kayser, Salgado Filho, Cruzeiro e Fátima.

Pode haver reviravolta

O convênio está sendo reavaliado com base na nova lei. A parceria entre o município e o estado pode continuar, mas em outro formato e sem intermediários, no caso, o Consepro. A prefeitura ainda aguarda uma posição do governo estadual sobre esses novos procedimentos.

Audiência pública e garantia do serviço

Em 16 de agosto, durante audiência pública sobre o policiamento comunitário, a prefeitura garantiu a continuidade do serviço, mesmo que o estado não se comprometesse com o pagamento do auxílio-moradia aos policias, mas dentro de novas normatizações. O estado não teria enviado respostas sobre os itens exigidos pelo município para dar sequência ao programa.

Repasse de recursos

Os recursos repassados pela prefeitura à BM representam 5% do orçamento previsto no convênio do policiamento comunitário. Os outros 95% são de responsabilidade do Estado. Vale lembrar que o Município foi desobrigado pelo Governo Estadual de efetuar o pagamento de cerca de R$ 550 mil anuais com combustível para o policiamento ostensivo. A prefeitura deixará de repassar o recurso em outubro.

Convênios

Ainda existem dois convênios. O próximo tem data para expirar em dezembro e, o último (projeto-piloto), vence em janeiro de 2019.

Última renovação

Foi publicada dia 14 de março de 2017 no Diário Oficial do Estado. Em 20 de março, a SSP/RS solicitou via ofício a manifestação do Município sobre os resultados obtidos por meio dos três Convênios de Policiamento Comunitário existentes entre o Governo Estadual e a Prefeitura.

Em 17 de julho, o titular da SMSPPS, José Francisco Mallmann, enviou um ofício ao 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) visando a readequação do recebimento dos recursos para o Policiamento Comunitário. Segundo o Batalhão, o documento foi encaminhado ao Comando-geral da BM para conhecimento da nova situação jurídica. No mesmo documento, Mallmann também solicitou informações sobre o cumprimento da remessa mensal, até o décimo dia útil de cada mês, e sobre a entrega do relatório do GPS das viaturas.

Auxílio-moradia

Os policiais ainda não receberam o auxílio, em um valor aproximado de R$800,00 neste mês. Corriqueiramente, este fato vem acontecendo mensalmente.