Às vésperas de completar 70 anos, Paulo Caleffi voltará à política

Administrador de empresas e estrategista do setor privado, mas com bom conhecimento de articulações junto ao setor público e décadas de trabalho dedicadas ao ramo transportador. Este é um dos “cartões de visita” de Paulo Caleffi, que é presidente da Fetransul e diretor da Confederação Nacional dos Transportes. Mas se depender dele, uma nova fase está se iniciando, isto ás vésperas de completar 70 anos.

Ele já foi secretário municipal lá nos longínquos anos 70, depois até concorreu a uma vaga no Congresso federal e esta semana está revelando o desejo de voltar à política. “Sou candidato a candidato”, anuncia ao revelar ter aceitado o convite que recebeu dois meses atrás do vice-governador José Paulo Cairolli, que esteve em Bento Gonçalves fazendo o convite de ingresso no PSD. “Refleti e recorri à matemática. Os programas dos partidos são semelhantes entre si. Optei, então, por um partido que tem gente honesta e levei em conta as probabilidades numéricas”, justifica sua decisão de deixar o PTB para ingressar no PSD.

O firme propósito de concorrer coincide com o momento em que vai deixar o cargo executivo dentro da empresa passando para o Conselho da Transporte Bertolini. Atende, ao mesmo tempo, o chamamento de confederações e associações de transportadores. “As federações recebem contribuições oficiais de cofres públicos e não podem se envolver em política, mas temos a Associação Nacional dos Transportes e esta pode e é o que está fazendo. O setor transportador entendeu que é necessário term uma bancada na Câmara Federal e em cada estado estão sendo convidadas pessoas que representem os trabalhadores e empresários do setor.  “É um grande desafio, há muito trabalho por ser feito e não preciso da política, mas a política precisa de homens honestos”.

Na avaliação das probabilidades de ser eleito, como bom estrategista, diz ter levado em conta a situação do PSD, onde não disputará votos com o já deputado Danrlei, além de contar com o apoio de toda a categoria dos transportadores – não apenas dos empresários. São 90 mil caminhoneiros, milhares de taxistas e mototaxistas, motoristas e trabalhadores do transporte coletivo. “Além desta base que nos alavancará votos em todo o estado, temos a preocupação com o nosso município e reião. Há muitos anos Bento não tem um deputado. Se surgir um nome com mais chances do que o meu, abro mão com tranqulidade”, assegura.

Sobre o momento político e econômico que o país vive, Caleffi analisa que o povo quer mudança e precisa de políticos sérios. “É preciso combater esta tese de que anulando o voto ou votando em branco as coisas vão melhorar. É o contrário, ao agir assim o eleitor estará beneficiando os maus políticos. Ao vender seu voto por preço vil, o eleitor colabora com este estado de coisas, com este mundo subterrâneo que estamos vendo”.

É em busca de deixar uma herança sólida e transparente que já no próximo dia 23 Caleffi deve receber seus pares do setor transportador em bento Gonçalves para corroborar o apoio já sinalizado. Deve ser a data em que, juntamente com outras pessoas, vai assinar ficha no PSD.