O Secretário Municipal de Saúde, Diogo Segabinazzi Siqueira esteve na Câmara de Vereadores na tarde desta segunda-feira, quando explicou a intenção do município em concluir o Complexo Hospitalar de Bento Gonçalves, ou Hospital do Trabalhador. A novidade é que as obras seguirão por etapas e com recursos oriundos de permuta por terrenos que o município tem em estoque.
O Secretário entende que será necessário ter áreas de referência como traumatologia ou psiquiatria, mas definiu que as cirurgias eletivas deverão ser priorizadas já que a fila para estes procedimentos é muito grande. Siqueira entende ainda que a conclusão das obras do Hospital deve ser feita por etapas e com planejamento financeiro. O Hospital, quando pronto, atenderá média e alta complexidade.
Atualmente as obras para a construção das salas de cirurgia estão sendo executadas a um custo de R$ 4,5 milhões com recursos federais e do município. No próximo dia 9 serão abertas propostas para o fechamento da obra civil inconclusa, etapa que está orçada em R$ 750 mil reais. Neste momento serão colocados no negócio três terrenos e financiarão metade do valor aproximadamente e o restante será pago com recursos da municipalidade. Segundo o Secretário há empresas interessadas no negócio.
Para Diogo Siqueira a vinda de um novo hospital não é uma questão de luxo e nem vai concorrer com o hospital Tacchini. Ao ser questionado pelo vereador Camerini disse que não há comprometimento nas estruturas já construídas e que a tentativa de fazer o hospital inteiro de uma vez foi um erro enorme. “Não há como fazer tudo. Hoje planejamos uma área de internação de 160 lugares, mas não vamos colocá-las todas em atendimento logo. Antes vamos concluir centro de imagens e salas de cirurgia, entre outras salas. Nosso planejamento é de um hospital para atender uma população de 250 mil pessoas,” explanou Siqueira.
Não há, entretanto, qualquer previsão de entrega da obra e início e dos atendimentos. Esta é uma previsão que só acontecerá depois de contratada a empresa que aceitar fazer o trabalho em troca dos terrenos.
A preocupação dos vereadores é em torno da manutenção do hospital após a obra estar conclusa. Quanto a isto, Diogo Siqueira disse que cada vez mais o custeio da saúde caberá aos municípios e que a resolução das situações fica tão mais ágil quando pode ser resolvida sem que se passe por mais de um ente federativo.
O vereador Gustavo Sperotto sugeriu que as atenções deveriam se restringir apenas a moradores da cidade. Sobre isto Siqueira explicou que o hospital apenas será referenciado e terá recursos federais se houver regionalização. Outra questão que deixou frisada: não podemos transformar o hospital em cabide de empregos. “Será necessário fazermos uma gestão através de parceria do tipo PPP, seja pela questão de limites orçamentários assim como pela questão do conhecimento em gestão.