Aconteceu nesta segunda-feira, dia 4, a transferência de 160 detentos do Presídio Central de Porto Alegre pelos policiais do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar (BOE) e agentes da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe). Destes, 20 foram levados para Penitenciária de Charqueadas e para a de Arroio dos Ratos. Dentro da própria, agora denominada Cadeia Pública, 140 foram realocados.
Todos os detentos transferidos fazem parte de uma quadrilha que pertencia à facção que domina uma galeria do presídio. A decisão da transferência ocorreu após a morte de João Carlos Trindade, o Colete, 39 anos, considerado líder do tráfico na Vila Maria da Conceição. Os presos que faziam parte do mesmo grupo foram expulsos da facção e mandados para o pátio. Todos os 160 detentos estavam desalojados há uma semana. Eles estavam dormindo em um dos pátios do presídio.
Para o governo do estado, o motivo da realocação foi outra. Cezar Schirmer, secretário da segurança pública, disse que “eles queriam uma galeria própria, um espaço próprio, e nós não aceitamos. O que fizemos foi remanejá-los. Vinte foram para outros presídios, em Charqueadas e Arroio dos Ratos. E outros foram redistribuídos no Presídio Central. A ótica correta é o poder público decidir onde colocar os presos e o que fazer com eles. Não é o contrário!” afirmou Schirmer.
A operação envolveu 490 agentes, sendo que 210 do BOE, 130 de batalhões de área e 150 da Susepe, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).
Durante a ação, várias ruas da região do presídio tiveram policiamento integral.