Bento Gonçalves

CPI contra o vereador Camerini começa a ouvir testemunhas nesta segunda

CPI contra o vereador Camerini começa a ouvir testemunhas nesta segunda


A semana passada não terminou bem para o vereador do PDT, Moacir Camerini, tampouco a nova semana deverá ser mais promissora. O cerco começa a se fechar sobre o vereador que se declara candidato a Prefeito nas eleições do ano que vem.

Está marcada para às 13h30min desta segunda-feira, com transmissão pela TV Câmara, a primeira oitiva da CPI das Fake News, que tem Camerini como alvo definido. O inquirido desta tarde é o advogado Dênis Oliveira, que por anos foi Cargo de Confiança do Vereador e que foi demitido junto com o colega Jorge Mattos há pouco mais de 30 dias. Os dois, mais o jornalista Jorge Bronzatto, sustentam que eram obrigados a se utilizar de perfis falsos em redes sociais para criticar a administração pública municipal e o prefeito Guilherme Pasin. Outras queixas funcionais foram levadas ao Ministério Público do Trabalho.

Em sua tradicional conversa por redes sociais nas noites de domingo, Camerini conclamou seus seguidores/eleitores a comparecerem à Câmara para assistir a oitiva, que é aberta ao público. A Comissão de ética é presidida pelo vereador do PDT Jocelito Tonietto e o relator será Volnei Christofolli, do PP.

PUNIÇÃO MANTIDA

Na sexta-feira, 7, chegou ao conhecimento da Câmara de Vereadores que a apelação de Camerini quanto a uma advertência imposta a ele pela mesa diretora não teve acolhida pelo Tribuna de Justiça.

A punição que fez Camerini recorrer à Justiça deve-se a um fato ocorrido em 28 de setembro de 2017. Naquela ocasião o vereador deveria presidir uma audiência pública da Saúde, mas alegou estar doente para não comparecer. Entretanto, foi flagrado e filmado em reunião com lideranças de seu partido num hotel da cidade. A decisão pelo não provimento do pedido foi unânime e o relator, desembargador Newton Luis Medeiros Fabrício, chamou atenção para o fato da contestação ter se restringido a questões formais de encaminhamento do procedimento. Tais questões foram todas refutadas pelo Desembargador.

A defesa de Camerini chegou a referir em sua defesa que ele é vítima de perseguição por ser o único vereador oposicionista. A este argumento o Desembargador Newton Fabrício lembrou “não ser atribuição do Judiciário analisar eventual rixa política, mas sim a verificação de eventuais irregularidades ou abuso de poder no ato administrativo”.

Com esta decisão, a advertência está mantida, o que deixa o vereador exposto, pois uma eventual próxima penalidade poderá ser a suspensão por até 30 dias.