Farroupilha

Após denúncia, Boéssio exonera assessor que atendia em imobiliária

Após denúncia, Boéssio exonera assessor que atendia em imobiliária


O deputado estadual Álvaro Boéssio (PMDB) confirmou, na tarde desta quinta-feira, dia 24, a exoneração do assessor de gabinete Daniel Maccari, flagrado atendendo em uma imobiliária de Farroupilha quando deveria estar em horário de trabalho na Assembleia Legislativa gaúcha. Em nota oficial, o deputado afirmou que exonerou o assessor depois de confirmar a informação que, segundo ele, soube apenas através de uma reportagem divulgada por uma emissora de televisão na manhã desta quinta-feira.

Álvaro Boéssio afirmou que conduta de assessor está sendo investigada (Foto: divulgação)

Ninguém vai encontrar qualquer irregularidade em meu mandato. Falo isso com toda a tranquilidade porque sei o quanto prezo pela legalidade, pela verdade. Todos os que trabalham comigo, os que acompanham minhas ações, eleitores ou não, sabem muito bem como trato a coisa pública”, afirmou.

De acordo com o Boéssio, Maccari “realizava importante atividade” na Serra. A função do assessor seria atender demandas do gabinete, “fazendo visitas às comunidades e relatando ao gabinete”. Segundo a nota, o assessor “tinha a obrigação de estar em Porto Alegre e pontuar todo o seu trabalho” toda semana.

Maccari é contratado do gabinete de Boéssio como Assessor VI, com salário bruto em R$ 10.257,42. Líquido, ele recebia todo mês cerca de R$ 8,2 mil. O deputado garante que cada gabinete pode ter até seis assessores trabalhando no interior do estado, e afirma que não há irregularidade, mas garante que a postura do assessor “está sendo averiguada”.

Temos a certeza da retidão de todos os nossos atos. Esperamos que tudo seja esclarecido, e lamentamos que novamente nossa imagem seja atacada por questões que desconhecemos, e que trabalhamos para combater”, escreveu o deputado.

De acordo com a Assembleia, cabe aos deputados comprovarem a efetividade dos assessores que não trabalham na base. Além disso, o Estatuto do Servidor determina que os funcionários, sejam eles concursados ou comissionados, que é p caso dos CCs, não podem exercer outra atividade profissional remunerada durante o exercício do cargo no Legislativo.

Além de exonerado, o assessor terá o salário do mês bloqueado. O Ministério Público abriu procedimento para investigar os fatos.