A confusão entre guardas municipais e manifestantes ocorrida na manhã desta terça-feira, dia 22, em frente ao Centro Administrativo vai ser investigada pelo secretaria de Segurança Pública e Proteção Social. Conforme o titular da pasta, José Francisco Malmann, a Guarda Municipal foi orientada a gravar toda a ação e as imagens vão auxiliar na avaliação do que ocorreu.
Ainda segundo Malmann, a Guarda Municipal apenas seguiu a orientação dada por ele. O secretário afirma que orientou os servidores a dialogar e buscar a desobstrução do acesso à prefeitura sem gerar tumulto. Se essa tentativa fosse frustrada, os guardas deveriam remover a população e garantir que a entrada ao Centro Administrativo fosse liberada. “Após diálogo, feito todo o procedimento, os manifestantes começaram a ofender e ameaçar os guardas. E, por fim, um deles partiu para a agressão. E a minha orientação era justamente essa. De só revidar uma agressão injusta, e foi o que aconteceu”, defende.
Apesar de defender a ação da Guarda Municipal, Malmann diz que o caso vai ser investigado internamente. “Se houve abuso de autoridade ou abuso por parte dos manifestantes, isso tem que ser apurado. Se chegar algum documento para nós, é claro que vamos apurar. Nós nunca deixamos de fazer isso”, afirma.
Outro ponto criticado pelo secretário municipal é o fato de que Cargos em Comissão da administração passada protestavam junto aos moradores. Segundo Malmann, essas pessoas contribuíram para que a situação se tornasse insustentável. “Tinha ali ex-CCs da prefeitura e representantes de partidos políticos, que eram, aliás, os que mais inflamavam as pessoas”, disse.
A ação da Guarda resultou em um manifestante ferido. Claudionor Tavares Machado, de 41 anos, foi atingido por um cassetete na cabeça e precisou ser levado pelo Samu ao Postão 24 horas para atendimento. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores deve pedir até o final da semana ao Ministério Público para que investigue a abordagem. Essa não é a primeira polêmica envolvendo a Guarda Municipal durante a administração do prefeito Daniel Guerra. Em janeiro, a abordagem a um casal de índios que vendiam artesanato no centro da cidade chamaram a atenção do Ministério Público e até da Funai.