O vice-prefeito de Caxias do Sul, Ricardo Fabris de Abreu, definiu como tecnicamente desastrosa a atuação da Guarda Municipal durante uma manifestação na manhã desta terça-feira, dia 22, em Caxias do Sul. Na ação, os guardas agridem manifestantes que bloqueavam a porta de acesso à prefeitura durante o protesto, que tinha como objetivo o diálogo com o prefeito ou com secretários municipais em busca de uma alternativa para as ações de reintegração de posse em áreas pertencentes ao município. A ação terminou em confusão e um homem de 41 anos precisou ser levado ao Postão 24 horas após ser agredido na cabeça.
Em pronunciamento na Câmara de Vereadores na manhã desta quarta-feira, dia 23, Fabris criticou a ação e disse temer o que pode acontecer caso o município não promova alterações no quadro da instituição. “A atuação da guarda de ontem de manhã foi tecnicamente desastrosa. Felizmente não morreu ninguém, mas se continuar dessa forma vai morrer alguém. Sem comando, usando um bastão de controle de distúrbio civil quando não havia nenhum distúrbio civil. De cima para baixo, como se fosse um martelo. Chegou ao ponto de acertar na cabeça de uma pessoa. Isso não existe, isso não pode ser feito”, afirmou.
(Imagens: Maicon Rech/Grupo RSCOM)
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O vice-prefeito também dirigiu duras críticas ao atual chefe da Guarda Municipal, Ivo Rauber. “O atual chefe da Guarda é uma pessoa altamente despreparada para a função que exerce. Ele deveria ter sido exonerado neste momento e me espanto que o secretário de segurança tenha dado uma entrevista hoje dizendo que está tudo bem e que não aconteceu nada”, criticou Fabris.
Rauber assumiu o comando da Guarda Municipal no dia 6 de junho. Antes dele, Jeferson Ricardo Vargas ocupou a chefia da corporação por cinco meses. À época, o Secretário de Segurança Pública e Proteção Social, José Francisco Malmann, atribuiu a troca a implantação da descentralização da Guarda Municipal.
Em nota, a prefeitura afirmou que vai analisar as imagens e abrir uma sindicância para apurar a ação da Guarda Municipal. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores, por meio do vereador Rodrigo Beltrão (PT) deve encaminhar nesta semana um pedido ao Ministério Público (MP) para que investigue o suposto abuso da Guarda.
