A Associação Ativista Ecológica de Bento Gonçalves (Aaeco) deve perder a sala utilizada pela ONG que fica localizada na Av. Osvaldo Aranha, no bairro Juventude. Isso porquê a prefeitura encaminhou no dia 4 de agosto, uma notificação que determina que o espaço seja desocupado no prazo de 30 dias.
Segundo o secretário geral da entidade, Gilnei Rigotto, a prefeitura enviou a notificação e não apresentou nenhuma alternativa.
“Não nos convidaram para sentar e conversar, não deram alternativa nenhuma e isso é extremamente grave, isso é estarrecedor para pessoas como nós que temos um diálogo acessível com todos, não poderia ser dessa forma”, disse.
Rigotto explica que vai buscar uma nova conversa com a prefeitura e vai contestar judicialmente porque a associação não tem para onde ir.
“Vou tentar sentar com eles, mas só tentar, por que eu to há 2 anos tentando falar com o prefeito e ele não me recebe. Nós vamos contestar judicialmente e vamos ficar aqui. Nós não temos para onde ir”, desabafa.
Ainda segundo Rigotto, ele não descarta a possibilidade da realização de um protesto na busca por mais prazo ou um novo espaço.
“Se eles vierem nos tirar, temos dezenas de pessoas e vamos organizar um protesto, vamos ficar na frente da Aaeco e deixar todo lixo eletrônico na frente da entidade. A gente espera que o prefeito nos dê mais prazo e que sente com a gente para nos dar uma alternativa. Que ele dê um lugar pra gente”, relata.
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Por outro lado, a prefeitura diz que o espaço precisa ser desocupado pois a administração pretende alienar o imóvel em função da construção do Centro Administrativo. O secretário de governo, Ênio de Paris, justifica que a área está sendo estudada por equipes do município para a realização da alienação.
“As razões da área que nós estamos solicitando é porque essa área também está sendo estudada com as equipes aqui do município para uma possível alienação, em função que nós temos a construção do centro administrativo, então essa é a razão principal”, justifica.
De acordo com o secretário, a ONG tem uma geração de renda através dos materiais que são recolhidos, e segundo ele, a destinação de uma nova área para a associação não está sendo estudada por parte da prefeitura que está buscando reduzir custos com aluguéis.
“Nós não podemos assumir aluguéis porque se a prefeitura procede desta forma, nós teríamos que fazer com as demais ONGs existentes no município. Nós estamos reduzindo aluguéis, nós precisamos reduzir custos de aluguéis. Eu entendo que dos materiais que são recolhidos, sim, certamente tem uma geração de renda e de valores, então essa questão de uma nova área no momento não estaria sendo estudada”, explica.
A Aaeco ocupa a sala que fica localizada no Estádio da Montanha há cerca de 11 anos e segundo a notificação tem até o dia 04 de setembro para deixar o espaço.
