Revanchismos

A gente abre a semana pensando que tem vários desafios a vencer, mas olha pra trás e vê que a semana que passou foi de retrocessos para quem tem amor pela humanidade.

E o que seria a humanidade se cada um de nós tem uma percepção diferente do que seja o melhor para o mundo. Na semana passada vimos ressurgir com uma força que não se imaginava o ódio racista. Uma mulher morreu nos Estados Unidos e isto talvez nem seja o pior já que grupos de direita tem saído às ruas cada vez com mais força e sem muita censura, a não ser aquela que a mídia aplica e que parece ter força de um tônico.

Não bastasse a incontrolável ação de terroristas islâmicos (os grupos se alternam) cuja racionalidade obedece a critérios para nós de certa forma insondáveis, agora temos que lidar de novo com a intolerância racial nos Estados Unidos. É gente que tem conceitos ocidentais e que vive num país pra lá de “civilizado”.

Sim, é verdade, temos aqui no Brasil problemas talvez tão ou mais pungentes do que este, a pobreza e a violência estão na esquina de nossas casas. Mas o fato, a questão transcendental é que quando uma nação que está à frente do mundo em termos de riqueza e evolução industrial n os dá claros sinais de que a igualdade entre os homens não é vista como um ideal a ser alcançado, isto é mais do que preocupante, é desesperador.

Os americanos brincaram de democracia e colo aram em risco inúmeros valores lançados à luz com a queda da bastilha lá no fim do século XVII ao votarem e elegerem Trump.

Um recuo ilógico depois de oito anos de Barak Obama que ainda joga alguma iluminação sobre o tema: “se o homem não nasce odiando mas aprende a odiar, então também é possível ensiná-lo a amar”.

Sobre Lunelli e conceitos distintos

Pois foi neste final de semana que completou um ano da morte de Roberto Lunelli. Este jovem professor que subverteu a lógica da política em Bento Gonçalves. Ele foi amado e odiado em doses colossais porque subverteu a lógica do que havia sido até então a política m Bento Gonçalves.

Enxergou caminhos novos e sequer os erros cometidos por sua administração poderão manchar a imagem de uma marca inovadora que imprimiu em seu Governo. Até porque que governante não errou e não erra? Até hoje e por muito anos suas obras e a capacidade de conquistar recursos continuarão presentes em Bento Gonçalves.

Ele tinha empatia e entrada no governo Central. Idealizou um hospital, deu vida com bichinhos inertes de concreto à praça do Santa Helena; embelezou a Via del Vino. Conversou com o povo.

A morte de Lunelli resolveu, da pior maneira possível, um embate de ideologias e de formas de governar. Nem por isso o ódio deixou de estar presente em certas relações dentro da comunidade bento-gonçalvense.

É o que muitos brasileiros desejariam que acontecesse a Lula. Mas não pode se resolver diferentes formas de governar pela eliminação daqueles que discordam da gente. Pra isto, numa democracia, existem as eleições