O impasse envolvendo o dissídio dos trabalhadores metalúrgicos de Caxias do Sul para o ano de 2017 deve ter mais um capítulo na semana que vem. Na segunda-feira, dia 21, o Sindicato dos Metalúrgicos promete paralisar as atividades em diversas empresas nas primeiras horas da manhã. Os principais focos do protesto devem ser a Marcopolo e a Randon.
Até agora, o Sindicato dos Metalúrgicos e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico – Simecs, se reuniram cinco vezes. Os metalúrgicos pediam 8% de reajuste, mas recuaram e agora propõe o índice na ordem de 6,5%. O Simecs defende a reposição da inflação no período: 3,34%.
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O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Claudecir Monsani, entende que a pressão da categoria é a única forma de sensibilizar a entidade patronal. “O patrão não sente outra pressão a não ser a empresa dele parada. Se o trabalhador não ligar a máquina, a empresa não produz e ela não tem lucro. As empresas dependem do trabalhador e o trabalhador depende da renda, que é pra melhorar a situação da família dele. A nossa mão de obra é muito valorosa, é só ver os produtos produzidos aqui na região rodando o mundo. Então não vamos valorizar isso? O trabalhador não merece isso?”, questiona Monsani.
Apesar de ainda se colocarem a disposição para negociar, as entidades não tem uma perspectiva de se reunir novamente. No ano passado, o reajuste dos metalúrgicos foi de 9,8%, pago de forma parcelada. Na ocasião, a negociação só evoluiu após a mediação do Tribunal Regional do Trabalho. A reportagem tentou contato com o presidente do Simecs, Reomar Slaviero, mas não obteve retorno.
