Por mais Ubuntu!

Essa semana ouvi uma noticia aterradora: o estado do RS concentra o segundo maior grupo de simpatizantes nazistas no Brasil, só perdendo para SC, segundo estudo de Adriana Dias, da Unicamp. De aproximadamente 150 mil simpatizantes, quase 90 mil estão sediados nos dois estados do Sul. Os números acabaram ganhando relevância por causa da discussão esdrúxula sobre o nazismo ser de esquerda ou de direita, quando na realidade, a polêmica deveria ser sobre o nazismo ser desumano, bárbaro, cruel e não civilizatório.

Enquanto a Alemanha sofre com a vergonha de ter sido o berço dessa aberração, punindo com rigor qualquer manifestação de apreço a esse lixo histórico, no Brasil, nos acostumamos a ver todos os dias atitudes que reforçam comportamentos de ódio e de higienização contra pobres, negros, mulheres, nordestinos e minorias de forma geral (inclusive de prefeitos recém-eleitos).

Os sinais são alarmantes. Aumentam exponencialmente a apologia ao estupro, à morte, à tortura e à humilhação pública de qualquer pessoa que esteja fora dos padrões “éticos” e “morais” desses seres deformados pela perversidade.

Meus amigos: não é normal desejar a morte de alguém. Não é nada ético achar que os pobres devem ser exterminados, como se fosse deles a culpa por serem pobres. Não é nada moral defender que se ataque casais de gays ou lésbicas, por que eles não se adequam às normas culturais e religiosas estabelecidas por quem quer que seja. Não é digno criar inverdades e achincalhar políticos por que eles defendem valores que não são os seus (basta não votar neles).

Esse comportamento não é ideológico. ELE É DOENTIO. Não se relaciona com direita e esquerda, mas sim com PATOLOGIA. Tem a ver com uma disfunção da sociedade, que destila sua enfermidade aos quatro ventos como se isso fosse bonito.