Caxias do Sul

Protetores manifestam indignação pela falta de castrações de animais em Caxias

Manifestantes foram até a prefeitura de Caxias nesta manhã (Foto: Maicon Rech)
Manifestantes foram até a prefeitura de Caxias nesta manhã (Foto: Maicon Rech)

Os protetores de animais independentes de Caxias do Sul se mobilizaram na manhã desta terça-feira, dia 15, em duas frentes: primeiro, tiveram voz na tribuna livre da Câmara de Vereadores na abertura da sessão legislativa. Depois, cerca de 30 manifestantes, foram para a frente da prefeitura para demonstrar a indignação com a suspensão e falta de castrações públicas para cães e gatos em situação de abandono na cidade.

Desde o início da gestão Daniel Guerra, o serviço de esterilização cirúrgica vem enfrentando problemas e suspensões por questões burocráticas. O último contrato para prestação deste serviço, conforme o município, encerrou no dia 19 de março. Entretanto, o orçamento aprovado em 2016 para execução em 2017 não destinava verba para a continuação dos atendimentos.

Manifestantes foram até a prefeitura de Caxias nesta manhã (Foto: Maicon Rech)

As protetoras por diversas vezes tentaram se reunir, de maneira ordeira, com o prefeito. Porém, sem sucesso. Até que, após pressão das manifestantes, será encaminhado o pedido de uma reunião com o gestor para tratar do tema. Tatiana Furlan, uma das protetoras e organizadoras do movimento, diz que agora a prefeitura precisa correr atrás do prejuízo causado com a falta de castrações.

“A gente quer que a prefeitura vá atrás do prejuízo que já causou com a falta. Nós tínhamos 8 mil animais cadastrados para castrar. Uma diretora da Semma (Secretaria do Meio Ambiente) achou que não estava sendo bem feita a estruturação pelas ONGs e pela proteção individual. Agora, esse descaso, resultou em 40 mil animais que estão soltos, isso dito por eles. E o que a prefeitura tá fazendo? Chipando 400 animais. Gente, eles estão em outro mundo. Isso não existe”, salienta.

Na manhã desta terça, o executivo lançou edital de licitação para o novo programa de castrações, que prevê que a cirurgia seja feita em animais em vulnerabilidade social, para reajustar o controle populacional. As famílias que foram procuraram o serviço, precisam estar vinculadas ao cadastro único ou a algum programa da Fundação de Assistência Social (FAS).

Os animais atendidos através do convênio, vão ser identificados com microchips e registrados em banco de dados. O contrato será de um ano e determina a realização mensal de pelo menos 340 castrações mensais, que corresponde até 85% da meta de procedimentos no período.

As empresas interessadas em realizarem o processo tem até o dia 27 de agosto para se inscreverem. Após esta data, as esterilizações devem iniciar em um período de 15 dias. O convênio para a realização de castrações estabelecido com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) após o encerramento do último contrato permanecerá em vigor.

Os protetores independentes, por sua vez, gostariam de ser inclusos neste processo, já que recolhem diversos animais em situação de rua e necessitariam de, ao menos, um limite de castrações públicas por mês para auxiliar nos custos dos serviços prestados. Este também foi um dos temas abordados na manifestação de hoje.