O prefeito Daniel Guerra assinou, na tarde desta segunda-feira, dia 14, o contrato com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que passará a gerir a Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte. A solenidade ocorreu no Salão Nobre do Centro Administrativo. O acordo tem validade de um ano e poderá ser prorrogado por mais cinco.
O investimento, com recursos próprios do Município, será de R$ 21.935.481,02
parcelados ao longo de 12 meses. Desse total, R$ 75 mil serão destinados a algumas adequações no prédio, como o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e instalação de equipamentos de videomonitoramento.
Durante a solenidade de assinatura do contrato, o prefeito afirmou que a abertura da UPA será possível graças à boa gestão dos recursos públicos. “Apesar de assumirmos a prefeitura com deficit, nos comprometemos em abrir a UPA o mais rápido possível porque sabíamos que com uma boa gestão, e priorizando o que de fato é importante para as pessoas, seria possível.
Este ato é prova disso”, afirmou Daniel Guerra. “É com a economia obtida com o corte dos cargos em comissão (CC’s) e seus benefícios, que totalizam cerca de R$ 20 milhões por ano, que vamos custear a UPA. A saúde pública é prioridade neste governo”, concluiu o prefeito.
Os representantes da empresa, que tem sede na Bahia, conheceram as instalações da UPA ao longo da tarde. A visita foi acompanhada de perto pela secretária da Saúde em exercício, Ana Paula Grando Fonseca. “A assinatura do contrato de gestão compartilhada para a abertura da UPA inaugura uma nova etapa na saúde do município. Depois de oito anos, vislumbramos o momento de entregar à população mais um serviço de saúde, que aumentará nossa capacidade de atendimento e qualificará ainda mais nossa rede de atenção”, declarou Ana Paula.
Com a assinatura do contrato, o IGH terá 30 dias para iniciar o atendimento. O prazo poderá ser prorrogado por mais 15 dias, encerrando na última semana de setembro. A previsão é contratar 279 funcionários diretos, sendo 70 vagas para médicos, 34 para enfermeiros, 64 para técnicos de enfermagem, cinco odontólogos, dois nutricionistas, cinco assistentes sociais, um farmacêutico, oito auxiliares de farmácia,cinco técnicos de laboratório, oito técnicos de radiologia, um diretor técnico, um diretor-geral, um coordenador de enfermagem, 18 agentes administrativos, cinco copeiras, cinco motoristas, seis recepcionistas, um técnico de manutenção, um técnico de informática, dois telefonistas, 18 higienizadores e 18 vigilantes.
O IGH é responsável pela contratação do quadro pessoal. Segundo o superintendente do Instituto, Paulo Bittencourt, até a próxima semana uma empresa local de recrutamento e seleção será contratada para conduzir este processo. Bittencourt também parabenizou o município por priorizar a saúde e garantiu que o IGH prestará um serviço de qualidade. “Faremos da UPA de Caxias do Sul modelo para a região. O sonho desta comunidade, de ver a unidade em pleno e bom funcionamento, passa a ser também o nosso sonho e a nossa meta”, afirmou.
O Instituto de Gestão e Humanização é uma organização social sem fins lucrativos que já administra outras UPA’s pelo país. A unidade de Caxias do Sul será a primeira em que o grupo trabalhará no Rio Grande do Sul. A gestão será compartilhada, tendo um Conselho de Administração composto por representantes do poder público e da sociedade civil. Caberá também ao Município fiscalizar a prestação correta dos serviços.
Sobre a UPA
O prédio da UPA foi construído com recursos do governo federal e do Município e custou R$ 3,6 milhões. Os equipamentos e mobiliário foram pagos pelo governo do estado. A obra foi concluída em 2014. Desde então, a comunidade aguardava pelo início dos serviços. A estrutura deverá atender cerca de 90 mil moradores da Zona Norte. São 12 leitos de observação adulto, quatro de pediatria, quatro de urgência e emergência e dois de isolamento. Além disso, o prédio conta com dez consultórios, raio-x, sala de gesso, sala de sutura, consultório odontológico, dez poltronas/macas para aplicação de medicamentos e oito cadeiras de nebulização.
A UPA é do tipo 3 e poderá atender até 350 pacientes por dia. A expectativa da Secretaria da Saúde é que a demanda no Pronto Atendimento 24 Horas reduza em pelo menos 30% com a abertura da UPA da Zona Norte, qualificando o atendimento de urgência e emergência prestado à população.
O custo de manutenção será de R$ 1,8 milhão por mês. Assim que o serviço for habilitado pelo governo federal, a unidade passará a contar com auxílio de R$ 500 mil mensais como verba de custeio.