Agro Rural

Proibição da venda de produtos nas feiras de Caxias será discutida na Câmara

Cerca de 40 feirantes devem ser afetados direta ou indiretamente com a mudança. (Foto: Angela Nadin/Divulgação)
Cerca de 40 feirantes devem ser afetados direta ou indiretamente com a mudança. (Foto: Angela Nadin/Divulgação)

Uma audiência pública nesta segunda-feira, dia 7, discute a situação dos produtores que fazem parte das feiras de Caxias do Sul. O encontro ocorre a partir das 19h30min na Câmara de Vereadores e tem como objetivo buscar alternativas aos produtores que serão impedidos de vender produtos como vinho, vinagre, aipim descascado, sabão e massas caseiras sem registro.

Cerca de 40 feirantes devem ser afetados direta ou indiretamente com a mudança. (Foto: Angela Nadin/Divulgação)

Segundo Rogério Bridi, um dos membros da Associação dos Feirantes de Caxias do Sul, ao menos 40 produtores serão afetados de forma direta ou indireta. Para ele, a sugestão do município, propondo que os pequenos produtores abram uma agroindústria para seguir vendendo os produtos é inviável. “Há uma indignação muito grande da nossa e dos consumidores da feira pelas medidas que nos foram impostas. Esse final de semana tivemos acesso à nova regulamentação, para abrir uma agroindústria, é praticamente inviável. Não tem como abrir uma agroindústria com base no que estão exigindo para nós”, reclama.

A coordenadora do Serviço Municipal de Controle de Produtos Agropecuários de Origem Animal (Copas-Poa), pertencente à Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa), Marília Lima de Campos explica que a medida adotada pelo município ocorre por uma questão de lei. “A questão é quando entra a industrialização, que é quando entra algum tipo de manipulação. Pode ser um processamento, artesanal, mas mesmo assim há uma manipulação. E nesses casos o poder público precisa intervir por uma questão de saúde pública”, argumenta.

A proibição aos produtores passa a valer a partir do dia 15 deste mês. O agricultor que não fizer a regularização será impedido de vender o produto na feira, que atualmente conta com cerca de 120 produtores.