O Sindilojas Caxias buscou o apoio das entidades do comércio, forças de segurança do governo e órgãos públicos para o lançamento da campanha “O barato que sai caro”, que pretende sensibilizar a comunidade para que evite consumir produtos do comércio ilegal. O evento vai ser no dia 02 de abril, terça-feira, às 8 horas, na sede da entidade (Alfredo Chaves, 820, 2° andar), em Caxias do Sul, e é aberto para a participação do comércio varejista da cidade.
Desenvolvida pela equipe de Comunicação com a criação da Intervene, a campanha “O barato que sai caro” foi desenvolvida para impactar com o principal objetivo de provocar a reflexão no consumidor, sensibilizando sobre os riscos de adquirir produtos provenientes do comércio ilegal: “Com essa campanha, enfatizamos os perigos de comprar produtos de origem duvidosa, sem procedência e ilegais”, afirma a presidente Idalice Manchini. Ela alerta que o comércio ilegal traz prejuízos aos consumidores, riscos à saúde e segurança, afetando o mercado de trabalho, causando prejuízos ao comércio e à indústria nacional, com implicações à economia nacional, e comprometendo a arrecadação tributária.
Com um toque bem-humorado para tratar de um tema sério para a comunidade, foram selecionados produtos apontados por uma reincidência maior quando a questão é defeito ou deterioração. Foram escolhidos tons de cores que remetem ao comércio varejista e dão energia e visualização à distância. O tapa-olho de pirata foi escolhido para reforçar a chamada “O barato que sai caro”, ditado popular, frequentemente, usado no consumo de produtos de procedência questionável.
De acordo com a Assessoria Econômica da Fecomércio-RS, o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), estimou que, em 2018, a economia subterrânea movimentou R$ 1,173 trilhão (16,9% do PIB) nos doze meses encerrados em julho de 2018. É válido considerar que a economia subterrânea gaúcha tem um comportamento semelhante a do Brasil. Além disso, a participação do PIB gaúcho no PIB brasileiro tenha se mantido a mesma desde 2016 (último dado disponível), é possível estimar que, em 2018, a economia subterrânea no Rio Grande do Sul tenha movimentado R$ 76,48 bilhões nos doze meses encerrados em julho de 2018 e R$ 3,95 bilhões em Caxias do Sul. Considerando que a carga tributária de ICMS na economia subterrânea fosse a mesma do restante da economia gaúcha, isso significaria uma perda de arrecadação, para o Estado, equivalente a R$ 5,66 bilhões no mesmo período.
A campanha “O barato que sai caro” é uma realização do Sindilojas Caxias, com o apoio da Fecomércio-RS, CIC, Sindigêneros, ACOMAC, CDL Caxias, Prefeitura de Caxias do Sul, Câmara Municipal de Vereadores de Caxias do Sul, CRPO/SERRA, Polícia Civil, Polícia Federal, PROCON, 12ª Batalhão Polícia Militar, Receita Estadual, Comissão Estadual de Combate a Informalidade, 3º GAAAe e 5º CRB de Caxias do Sul.
Dados sobre o comércio ilegal
Aproximadamente três em cada 10 brasileiros (32%) afirmam que adquiriram algum produto pirata, de acordo com pesquisa da Federação do Comércio (Fecomércio), de vários estados brasileiros e em parceria com institutos e pesquisas locais. Entre as razões para comprar um produto pirata, o levantamento revela que o preço ainda é o principal motivo para se recorrer aos itens pirateados, segundo 96% dos consumidores. Ainda de acordo com a pesquisa, dos 32% de brasileiros que compraram algum produto pirata, 35% informaram já ter se arrependido com a compra. Entre os motivos apresentados por este grupo, 92% apontaram a baixa qualidade do produto e 16%, a falta de garantia.