Caxias do Sul

Diferença de 3% afasta acordo entre metalúrgicos e empresas na negociação

Diferença de 3% afasta acordo entre metalúrgicos e empresas na negociação
Diferença entre propostas mantém sem acordo negociação salarial dos metalúrgicos (Foto: divulgação)

Depois da quinta rodada de negociações entre os representantes do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) e do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, segue o impasse entre metalúrgicos e os patrões nas negociações salariais deste ano.
O principal entrave é a negociação em torno do reajuste salarial. Enquanto os metalúrgicos querem um índice de 6,5% de aumento, o sindicato patronal oferece apenas a reposição da inflação do período, de 3,34%. Para o presidente do Simecs, Reomar Slaviero, atender a reivindicação do sindicato dos empregados é inviável, por conta do “atual momento econômico e da crise que se abate sobre as empresas dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e metalmecânico”. Slaviero afirma que a oferta patronal “busca preservar a renda e principalmente o emprego na indústria”.
Para os trabalhadores, o sindicato patronal precisa avançar. Claudecir Monsani, presidente em exercício do sindicato da categoria, garantiu que, antes da realização da assembleia geral da categoria, marcada para o próximo sábado, dia 29, às 10h, não haverá outra rodada de negociações.
Monsani afirmou que as empresas não apresentam prejuízos, e aponta que os patrões querem “arrochar cada vez mais os trabalhadores” e que não reconhecem “o esforço e a qualidade da mão-de-obra dessas pessoas, ignorando que há famílias que dependem desse salário”.
Outros pontos, como a não inclusão de uma cláusula que regulamente o contrato de trabalho intermitente, também, não permitem avanços. Para Slaviero, como este é um aspecto da legislação que ainda está em debate, o mais prudente é não incluir na negociação. Para Monsani, as negociações podem ficar mais difíceis. “Isso vai ficar cada vez pior com a livre negociação imposta na nova lei trabalhista”, acredita.