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Suspeitos do assassinato de Marielle Franco são presos em operação no RJ

Suspeitos do assassinato de Marielle Franco são presos em operação no RJ

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, desencadeou na manhã desta terça-feira (22), a Operação “Os Intocáveis”, em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, e outras localidades da cidade, para prender integrantes da milícia mais antiga e perigosa do estado. Cerca de 140 policiais, cumpriram 13 mandados de prisão preventiva, expedido pela Justiça, contra a organização criminosa.

O objetivo da ação do MP-RJ é atacar a milícia que explora o ramo imobiliário ilegal em Rio das Pedras com ações violentas e assassinatos, mas há indícios de que dois dos alvos de prisão comandem o Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda.

Os envolvidos são suspeitos no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

Na ação, foram detidos Maurício Silva da Costa, o Maurição, da associação de moradores de Rio das Pedras, e o major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira. O oficial da PM mora no condomínio de luxo Floresta Country Club, na Estrada do Bouganville 442.

Os agentes encontraram Maurição dormindo em seu quarto. Ele deu diversas informações contraditórias aos agentes. Indagado se tinha carro, ele negou. Mas os policiais encontraram chaves de dois veículos, um Corolla e um HB20 preto placa LTA-9321. O Corolla não foi encontrado, mas o HB20 foi revistado e nada foi encontrado em seu interior. Os policiais acharam um cofre cuja a chave não foi encontrada. Os agentes ainda cumprem o mandado de busca e apreensão.

Em Jacarepaguá, o major Ronald Paulo Alves Pereira foi preso em casa por equipes do MPRJ e da Core. O oficial mora num condomínio fechado perto do Parque Olímpico. Segundo moradores, os apartamentos mais caros valem mais de R$ 1 milhão. Agentes entraram no condomínio às 6h em ponto.

A operação é resultado de seis meses de investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 23ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal. A denúncia, com os pedidos de prisão, busca e apreensão, foi distribuída para o 4º Tribunal do Júri da Capital.