O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, informou que um avião da Polícia Federal vai buscar Cesare Battisti na Bolívia. Segundo Heleno, o italiano ficará no Brasil apenas o tempo suficiente para trocar de avião e ser enviado para a Itália, cumprindo o mandado de extradição.
O italiano foi preso em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, na noite de sábado, 12. De acordo com o governo brasileiro, o italiano virá para o país antes de ir de ser entregue para a justiça da Itália. a decisão de trazer Battisti para o Brasil foi tomada conjuntamente com o governo italiano, levando em consideração questões de segurança.
Filipe Martins, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, disse que Battisti deve ser trazido para o Brasil para depois ser extraditado para a Itália. “O terrorista italiano Cesare Battisti foi preso na Bolívia esta noite e em breve será trazido para o Brasil, de onde provavelmente será levado até a Itália para que ele possa cumprir pena perpétua, de acordo com a decisão da justiça italiana”, escreveu no Twitter.
Crimes do italiano
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Battisti foi condenado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.
No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Entretanto, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte. Nos últimos dias do governo Michel Temer, o STF decidiu pela extradição.
