As contas do setor público consolidado, que abrange governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registraram de janeiro a novembro deste ano, um déficit primário de R$ 67,125 bilhões. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Banco Central.
O déficit primário ocorre quando as despesas são maiores do que as receitas, sem contar os gastos com juros da dívida pública. Apesar de negativo, o resultado foi o melhor para o período desde 2015. Dessa forma, houve uma queda no déficit de 14,22% na parcial de 2018, em três anos.
O resultado notado no acumulado dos últimos onze meses favorece o setor público no objetivo de atingir a meta fiscal, de um rombo de até R$ 161,3 bilhões para este ano.
Quando se trata da dívida líquida do setor público, o valor passou de R$ 3.642 trilhões em outubro para R$ 3.644 trilhões em novembro. A dívida líquida leva em conta os ativos do país, como as reservas internacionais, por exemplo, que atualmente estão em torno de US$ 380 bilhões.
Já no caso da dívida bruta do setor público, que não considera os ativos dos países, a dívida passou de 77% do Produto Interno Bruto (PIB), em outubro, para 77,3% do indicador.
Para especialistas financeiros, uma tendência crescente da dívida pode levar à recomendação para que investidores estrangeiros retirem recursos do Brasil, principalmente se o país permanecer em um cenário de ausência de reformas.