O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) e o Sindicato dos Metalúrgicos iniciaram as negociações do dissídio em 2017. A proposta colocada na mesa pelos trabalhadores pede o reajuste salarial de 8%.
Os metalúrgicos dizem que o percentual leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais uma parte das perdas com a rotatividade que chegaram a 32,7% no período, bem como as flexibilizações.
Por outro lado, o presidente do Simecs, Reomar Slaviero, considera o reajuste pedido “fora da realidade”. Segundo ele, as empresas estão com dificuldades até de fazer o pagamento da folha atual.
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“Bem fora da realidade, uma vez que a gente sabe que as empresas continuam na dificuldade. Nós relatamos, mostramos todo o quadro econômico. A maioria das empresas está enfrentando dificuldades de pagar a folha de pagamento atual, imagina falar em aumento da folha nestes valores… Muitos empresários estão retirando dinheiro do seu bolso para manter as empresas funcionando e colocar as folhas de pagamento em dia. Muitas não estão demitindo por falta de condições financeiras para arcar com a responsabilidade social. Então, vamos sentar, conversar e acreditamos que haverá bom senso também por parte do sindicato dos trabalhadores”, completa Slaviero.
A data-base da categoria é 1º de junho. Uma nova rodada de negociações será agendada ao longo desta semana.
Os direitos sociais dos metalúrgicos, como adicional de horas extras e auxílio-creche, não serão negociados pois já estão garantidos até 2018, conforme o acertado na Convenção Coletiva do ano passado.
