Caxias do Sul

Quartel da Zona Norte segue sendo alvo de saques e vandalismo em Caxias

Reabertura depende do efetivo de pelo menos oito bombeiros. Fotos: Mauro Teixeira
Reabertura depende do efetivo de pelo menos oito bombeiros. Fotos: Mauro Teixeira


Reabertura depende do efetivo de pelo menos oito bombeiros. Fotos: Mauro Teixeira

O quartel do Corpo de Bombeiros da Zona Norte de Caxias do Sul vive um cenário de completo abandono e descaso pelas autoridades. Inaugurado em junho de 2011, o espaço recebeu um investimento de R$ 550 mil, oriundos do orçamento do município e do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (Funrebom).

Na época, a previsão era que o quartel pudesse atender as cerca de 90 mil pessoas que moram nos 32 bairros e loteamentos da Zona Norte de Caxias do Sul. Entre os bairros e loteamentos que seriam beneficiados, estão Santa Fé, Vila Ipê, Belo Horizonte, Pioneiro, Pôr-do-Sol, Monte Castelo, São Luiz e Vila Maestra.

Há dois anos o imóvel está desativado e constantemente sendo alvo de vandalismo e furtos. Praticamente toda a fiação elétrica e aparelhamento da estrutura já foi furtado pelos vândalos. Em 2017 houve um aceno das autoridades para a reativação do local, mas a intenção não saiu do discurso.

O projeto do Quartel de Bombeiros da Zona Norte foi da Secretaria Municipal do Planejamento. Para viabilizar a obra, de 530 metros quadrados, também atuaram na época para a realização do projeto as secretarias municipais de Segurança Pública e Proteção Social (SSPPS), de Gestão e Finanças, do Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), do Meio Ambiente (SEMMA), de Obras e Serviços Públicos e a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (CODECA).

De acordo com o Major do Corpo de Bombeiros, Maurício Ferro, a falta de efetivo impede a reabertura do quartel. Segundo ele, havia a expectativa de formação de um grupo de no mínimo oito bombeiros para atuar no local. “A nossa ideia é reabrir lá só quando tiver efetivo em quantidade suficiente”, afirma.

Hoje Caxias do Sul tem outros quatro quartéis em funcionamento. Desvio Rizzo, Cruzeiro, Centro e Aeroporto. Segundo o Major, eles operam com apenas cerca de 50% do efetivo necessário. Para não fechar os outros quartéis, o quartel da Zona Norte deve permanecer inativo.

A estratégia para evitar os saques e o vandalismo no local, num primeiro momento, é o cercamento do imóvel. Ainda conforme o Major, não existe prazo para a reocupação do espaço, uma vez que a formação de novos bombeiros está prevista somente para a metade de 2019 e isso não significa que o número de bombeiros necessários será suprido após a formatura.