Ao menos 18 famílias indígenas residem em Bento Gonçalves há quase dois anos em um terreno baldio cedido pela Prefeitura no bairro São Roque.Os índios se reuniram na tarde desta quarta-feira (29) no Ministério Público Federal para solicitar com o promotor Alexandre Schneider um documento para regularizar a área onde eles estão instalados.
Enquanto o chefe Nelinho de Paula, estava reunido com a promotoria, as crianças e adolescentes indígenas se apresentavam em frente ao MPF, como uma forma de manifestação.
Nelinho Paulo conta que os índios gostam de viver livres e os espaços, hoje destinados às reservas ou cedidos pelos poderes instituídos, não respondem a essa necessidade. “Nós temos que ficar, mas gostaríamos de viver num lugar espaçoso”, expõe. Outro problema pontuado por Nelinho é a dificuldade de preservar a cultura em meio às cidades. A caça, por exemplo, é impraticável. “Eu gostaria de caçar, mas se eu fizer isso sou preso”, lamenta.
O líder Caingangue conta que sem a regularização do terreno onde atualmente residem não estão recebendo recursos da Fundação Nacional Do índio (Funai) e que vivem em situação precária, apenas com lonas e abastecimento de energia elétrica que são doados pela prefeitura.
Leouve fez uma transmissão ao vivo do local