O Hospital Tacchini negou, em nota oficial assinada pelo superintendente-executivo, Hilton Mâncio, as acusações de negligência médica feitas pela família de um jovem de 20 anos que teria esperado por mais de 15 horas sem atendimento médico na madrugada do sábado, dia 3, com suspeitas de fratura na perna e rompimento dos ligamentos. De acordo com o hospital, o primeiro atendimento teria sido realizado nove minutos depois da chegada dele à emergência, às 0h45min, e, dois minutos depois, ele teria sido medicado.
O caso virou um boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves porque, de acordo com o relato da família, depois do primeiro atendimento e da medicação para dor, ele teria sido informado que seria examinado por um traumatologista até às 3h30min, o que não ocorreu.
Cinco horas depois, os familiares teriam reclamaram e foram informados que o médico chegaria em seguida, mas eles esperaram por mais três horas, quando foram informados que o médico chegaria às 13h, e, depois, o prazo foi dilatado para às 15h. Foi quando os pais do jovem perderam a paciência, retiraram o paciente do hospital, registraram a ocorrência na delegacia e seguiram até Carlos Barbosa, onde conseguiram o atendimento menos de meia hora depois da chegada ao Hospital São Roque.
O superintendente do Tacchini não nega as afirmações da família, mas garante que, como o caso não se tratava de atendimento de urgência, a avaliação do especialista poderia demorar até 24 horas, “conforme estabelece (sic) os protocolos médicos”.
A nota assinada por Mâncio não confirma as lesões alegadas pela família, afirma que, “por iniciativa própria, o paciente evadiu do hospital”, e garante que o rapaz seguirá “realizando tratamento ambulatorial”.
Além disso, o hospital nega qualquer tipo de cobrança, pois o atendimento foi realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Confira a nota do hospital
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O Hospital Tacchini vem a público esclarecer sobre os fatos ocorridos neste final de semana, envolvendo um jovem de 20 anos e que teria ficado 15 horas sem atendimento na Instituição.
De acordo com registros, o rapaz foi levado por familiares primeiramente à UPA 24 Horas e de lá, transferido ao Hospital Tacchini, onde chegou às 0h45min da madrugada de sábado. Nove minutos após, às 0h54min ele foi atendido por um médico e, dois minutos depois, medicado.
Na etapa seguinte, ele seria avaliado por um médico especialista e, como não tratava-se de urgência, esta avaliação pode ocorrer dentro de até 24 horas, conforme estabelece os protocolos médicos.
Por iniciativa própria, o paciente evadiu do Hospital Tacchini, deslocando para Carlos Barbosa, sendo então atendido no Hospital São Roque por um médico especialista. O rapaz recebeu alta e seguirá realizando atendimento ambulatorial.
Quanto a informações sobre pagamentos ao Hospital, cabe salientar que o atendimento deu-se pelo SUS e, diante disso, a Instituição não efetua nenhum tipo de cobrança no atendimento, justamente por ser um Hospital filantrópico e que surgiu e cresceu com o apoio da sua comunidade.
Hoje, é referência para mais de 22 municípios na região Nordeste do Estado e vem trabalhando dentro de uma filosofia que visa alinhar o atendimento aos mais modernos conceitos já aplicados em grandes centros. Agora, com o Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde, a Instituição está buscando a geração de conhecimentos que visem antecipar o tratamento de doenças.
Hilton Roese Mancio
Superintendente Executivo do Hospital Tacchini
Bento Gonçalves, 05 de junho de 2017.
