Bento Gonçalves

Ação do MP pode condenar nove pessoas em Bento Gonçalves

 Dinheiro dos assessores era retirado no dia do pagamento na forma de saque bancário e a outra maneira de apropriação ou por meio de empréstimos em bancos (Foto e vídeo: Dariano Moraes)
Dinheiro dos assessores era retirado no dia do pagamento na forma de saque bancário e a outra maneira de apropriação ou por meio de empréstimos em bancos (Foto e vídeo: Dariano Moraes)
Dinheiro dos assessores era retirado no dia do pagamento por saque bancário e por meio de empréstimos em bancos (Foto e vídeo: Dariano Moraes)

O inquérito instaurado pelo Ministério Público (MP) de Bento Gonçalves em 2010 a partir de denúncia de assessores para apurar o envolvimento de parlamentares por apropriação indevida de parte dos valores recebidos por cargos comissionados (CCs) teve a denúncia aceita pela Justiça em 2016.

O inquérito investigou quatro parlamentares pertencentes a três partidos: Vanderlei dos Santos (PP), Adelino Cainelli (PP), Marcos Barbosa (PRB) e Marlen Pelicioli (PPS) mas, no curso da apuração com a quebra de sigilo bancários, gravações e mensagens das redes sociais outras cinco pessoas foram incluídas.

A Ação Civil Pública (ACP) que tramita na 3ª Vara Cível está na fase de apresentação de memoriais que são as últimas alegações das partes antes do processo ser sentenciado. Dos parlamentares investigados que detinham mandato à época, apenas Marcos Barbosa está vereador, atualmente.

As penas variam de dois a oito anos de prisão, pagamento de multa, perda do mandato e suspensão do direitos políticos. Os parlamentares são acusados de se apropriar de um terço até a metade dos salários dos assessores.

As investigações mostraram que o dinheiro dos assessores era retirado no dia do pagamento em forma de saque bancário e por meio de empréstimos em bancos, em que os acusados ficavam com o dinheiro, mas as parcelas acabavam sendo pagas pelos próprios servidores.

O promotor de Justiça Alécio Nogueira se diz satisfeito com o conjunto probatório apurado que resultou na aceitação da denúncia. Outra ação tramita na esfera criminal proposta pelo Promotor de Justiça Eduardo Lumertz.

Outra investigação

Alécio Nogueira comenta sobre o andamento do inquérito que apura o oferecimento de propina para que parlamentares votassem emendas modificativas ao plano diretor da cidade.

A operação 165 que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em quatro gabinetes da Câmara de Bento Gonçalves e nas residências dos parlamentares, além da quebra do sigilo telemático dos investigados, ainda aguarda a análise técnica do vasto material apreendido.